O SOM DA MÚSICA: JUKEBOX II

Saturday, July 29, 2006

JUKEBOX II

ROCK’N’ROLL LULLABY
Poderia inaugurar esta seção com alguma pepita que poucos iniciados conhecem. Mas como a apreciação de música não segue necessariamente ditames da racionalidade, nada como começar com uma canção que todo mundo conhece. Ela está lá, na programação de quaisquer entretenimentos radiofônicos nosso país afora. Também está presente em coletâneas de toda sorte. Foi tema principal de novela das oito mais de uma vez, quem é brasileiro sabe muito bem o que isso significa. Embalou e ainda incrementa sarais em recantos do coração do Brasil provavelmente de nosso desconhecimento. Enfim, é uma cançoneta mais que popular, daquelas que se entranham na memória afetiva de muita gente. Aqui estamos nós! Minha escolha foi norteada principalmente por um único motivo. Recentemente o circuito interno de áudio da minha mente a toca regularmente aparentemente sem a menor razão. Talvez seja coisa de meus primórdios enquanto ser humano, pois o primeiro momento de sua difusão em rádio e tevê coincide com o ano em que nasci. Certamente a ouvi muitas vezes no berço. Depois, mais velho, seria uma das primeiras músicas que aprenderia a tocar no violão, empreitada chancelada pelos ensinamentos da revista Toque Guitarra, esta destinada a autodidatas e peladeiros de rodas de violão. É uma canção sem pedigree apreciável ao paladar requintado dos gourmets musicais. Seu cantor-compositor emula a faceta romântica do proclamado rei. Sua harmonia é básica, amparada em alguns poucos acordes elementares e o arranjo original explicita tal simplicidade a ponto de facilmente seus acordes tornarem-se facilmente inteligíveis a um ouvido não muito treinado. Poucas músicas me remetem tanto à atmosfera de fanfarra de bailinho. Daí ser no mínimo interessante pensar que um sujeito afeiçoado à música esquisita tocar-se por sua pungência. Ouvia-a no berço, me afagou nos primórdios adolescentes de meus quatorze anos, ocasião em que novamente foi tema principal na refilmagem da atração televisiva, e agora torna a me sensibilizar, premissa incontestável para autenticação de cepas musicais dignas de nota. É daqueles fonogramas que se constituem por si só a versão definitiva e intransferível de uma canção. Não consigo imaginar melhor retrato musical do que deveria ser tema de sarau para a Terceira Idade naqueles anos, pois traz em si uma atmosfera nostálgica que já devia deixa-la com cara de música velha ou de flashback lá pelos idos de seu lançamento. Play it again!

Texto inaugural da seção, mas publicado posteriormente, escrito por Marcus Marçal em 22 de novembro de 2005. Todos os direitos reservados ao autor. Não é permitida a reprodução deste texto de forma alguma sem permissão prévia, seja em sua forma integral ou parcial. Por favor, contate-me antes via e-mail.

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Sou Marcus Marçal, jornalista de profissão e músico de coração.

Veja bem, se esta é sua primeira visita, afirmo de antemão que, para usufruir dos textos deste blog, é necessário um mínimo de inteligência. Este blog contém reflexões sobre música, material ficcional, devaneios biográficos, desvarios em prosa, egotrips sonoras e até mesmo material de cunho jornalístico.

E, se você não é muito acostumado à leitura, provavelmente pode ter um pouco de dificuldades com a forma caótica com que as informações são despejadas neste espaço.

Gostaria de deixar claro que os referenciais sobre texto e música aqui dispostos são vastos e muitas das vezes antagônicos entre si. Por essa razão, narrativa-linear não é sobrenome deste espaço, entende?

Tendo isto em mente, fica mais fácil dialogarmos sobre nossos interesses em comum dispostos aqui, pois o entendimento de parte dos textos contidos neste blog não deve ser feito ao pé da letra. E se você por acaso tiver conhecimento ou mesmo noção das funções da linguagem então poderá usufruir mais adequadamente do material contido neste site, munido de ferramentas de responsabilidade de ordem exclusiva ao leitor.

Quero dizer que, apesar da minha formação como jornalista, apenas uma parcela pequena dos textos aqui expostos foi e é concebida com este intuito, o que me permite escrever sem maiores preocupações com formatos ou convenções. Geralmente escrevo o que me dá na telha e só depois eventualmente faço alguma revisão mais atenta, daí a razão de por essas e outras eu deixar como subtítulo para este O SOM DA MÚSICA o bordão VERBORRAGIA DE CÓDIGO-FONTE ABERTO COM VALIDADE RESTRITA, e também porque me reservo ao direito de minhas opiniões se transformarem com o passar do tempo.

Portanto, faço um pedido encarecidamente às pessoas dotadas de pensamento obtuso, aos fanáticos de todos os tipos, aos analfabetos funcionais e às aberrações do tipo: por gentileza, não percam seu tempo com minha leitura a fim de lhes poupar atenção dispensada indevidamente.

Aos leitores tradicionais e visitantes ocasionais com flexibilidade de raciocínio, peço minhas sinceras desculpas. Faço esse blá-blá-blá todo apenas para afastar qualquer pessoa com pouca inteligência. Mesmo porque tem tanta gente por aí que domina as normas da língua portuguesa, mas são praticamente analfabetos funcionais...


As seções do blog você encontra ao lado, sempre no post ÍNDICE DE SEÇÕES, e a partir dele fica fácil navegar por este site pessoal intitulado O SOM DA MÚSICA.

Sinta-se livre para expressar quaisquer opiniões a respeito dos textos contidos no blog, uma vez que de nada vale a pena esbravejar opiniões no cyber espaço sem o aval da resposta do interlocutor.

Espero que este seja um território livre para a discussão e expressão de opiniões, ainda que contrárias as minhas, acerca de nossa paixão pela música. Afinal, de nada valeria escutarmos discos, fazermos músicas, lermos textos, irmos a shows e vivermos nossas vidas sem que pudéssemos compartilhar nossas opiniões a respeito disso tudo.

Espero que você seja o tipo de leitor que aprecie a abordagem sobre música contida neste blog.


De qualquer forma, sejam todos bem-vindos! Sintam-se como se estivessem em casa.

Caso queira entrar em contato, meu email é marcus.marcal@yahoo.com.br.
Grande abraço!
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