FRAGMENTOS DE MONOLITO XXX
XXX. Lua da Colheita / Cores Vivas (Primeira Parte)
“Venha, chegue um pouco mais perto. Ouça o que eu tenho a dizer. Podemos sonhar esta noite afora como crianças dormindo. Mas há uma lua cheia se levantando. Vamos embora bailar ao luar. Sabemos onde a música toca, vamos lá fora sentir a noite. Pois eu ainda estou apaixonado por você e quero vê-la dançar novamente nesta lua da colheita. Quando ainda não nos conhecíamos, eu te assistia de longe. Quando éramos amantes, eu te amei com todo o meu coração. Mas agora está ficando tarde e a lua escala alto o céu. E eu quero celebrá-la, vê-la brilhando em seu olhar porque ainda estou apaixonado por você e quero te ver bailar novamente nesta lua da colheita.”
“Se você quiser me ver, já sabe onde me encontrar. É só seguir minhas pegadas nesta aquarela em preto e branco. Esqueço que a vida é um eterno agora, percorro estradas perdidas procurando aurora aonde os raios de Sol se recusam a brilhar que vi outrora esvair junto ao vento que sopra... Sim, eu sei que o tempo nunca volta atrás; pois pegue este meu coração e faça-o sangrar até dilacerá-lo numa constelação... Assim as estrelas guiarão seus passos na escuridão da noite e, enquanto apostas no invisível, meu coração de néon brilha radiante como as luzes da cidade no horizonte. Melhor enxergamos durante o crepúsculo, nos cegaria os olhos o brilho que jamais vimos até a manhã raiar, você chegar ao longe... E eu vir o Sol nascer em seu sorriso. Caloroso é o abraço de quem tem saudade, quente como a nossa estrela na noite de verão. E feito um astro em chamas penetro a atmosfera e incendeio o céu cinzento. E é de lá que nasce um novo dia... Escarlate qual sangue pulsa em nossas veias o vermelho intenso de um ultravioleta vulcão. E que não nos privemos deste Sol que nasce iluminando toda e qualquer noite turva ao reluzir ouro no azul celeste da imensidão. Pois se um dia as estrelas nos estiveram foram de alcance e a felicidade quiçá parecera uma estrela distante que agora explode pródiga em cores vivas como somente a vida esclarece o que a razão não consegue explicar... Quanta gente adoraria ver o brilho do átomo na velocidade da luz! Quantum! A energia fotoelétrica empacota em lúcido feixe a breve distância de quaisquer anos-luz, tamanha é a velocidade porque mantivestes a chama acesa nos castiçais que ornamentam teus olhos onde as estrelas transbordam da íris a lógica inexata do amor na matemática que coreografa os anjos...”
Tradução não necessariamente literal de “Harvest Moon”, de Neil Young, realizada sem intuito comercial, seguida de transcrição da primeira parte de “Cores Vivas”, texto e música de Marcus Marçal. Não é permitida a reprodução destes textos de forma alguma sem permissão prévia, seja em sua forma integral ou parcial. Por favor, contate-me antes via email.
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“Venha, chegue um pouco mais perto. Ouça o que eu tenho a dizer. Podemos sonhar esta noite afora como crianças dormindo. Mas há uma lua cheia se levantando. Vamos embora bailar ao luar. Sabemos onde a música toca, vamos lá fora sentir a noite. Pois eu ainda estou apaixonado por você e quero vê-la dançar novamente nesta lua da colheita. Quando ainda não nos conhecíamos, eu te assistia de longe. Quando éramos amantes, eu te amei com todo o meu coração. Mas agora está ficando tarde e a lua escala alto o céu. E eu quero celebrá-la, vê-la brilhando em seu olhar porque ainda estou apaixonado por você e quero te ver bailar novamente nesta lua da colheita.”
“Se você quiser me ver, já sabe onde me encontrar. É só seguir minhas pegadas nesta aquarela em preto e branco. Esqueço que a vida é um eterno agora, percorro estradas perdidas procurando aurora aonde os raios de Sol se recusam a brilhar que vi outrora esvair junto ao vento que sopra... Sim, eu sei que o tempo nunca volta atrás; pois pegue este meu coração e faça-o sangrar até dilacerá-lo numa constelação... Assim as estrelas guiarão seus passos na escuridão da noite e, enquanto apostas no invisível, meu coração de néon brilha radiante como as luzes da cidade no horizonte. Melhor enxergamos durante o crepúsculo, nos cegaria os olhos o brilho que jamais vimos até a manhã raiar, você chegar ao longe... E eu vir o Sol nascer em seu sorriso. Caloroso é o abraço de quem tem saudade, quente como a nossa estrela na noite de verão. E feito um astro em chamas penetro a atmosfera e incendeio o céu cinzento. E é de lá que nasce um novo dia... Escarlate qual sangue pulsa em nossas veias o vermelho intenso de um ultravioleta vulcão. E que não nos privemos deste Sol que nasce iluminando toda e qualquer noite turva ao reluzir ouro no azul celeste da imensidão. Pois se um dia as estrelas nos estiveram foram de alcance e a felicidade quiçá parecera uma estrela distante que agora explode pródiga em cores vivas como somente a vida esclarece o que a razão não consegue explicar... Quanta gente adoraria ver o brilho do átomo na velocidade da luz! Quantum! A energia fotoelétrica empacota em lúcido feixe a breve distância de quaisquer anos-luz, tamanha é a velocidade porque mantivestes a chama acesa nos castiçais que ornamentam teus olhos onde as estrelas transbordam da íris a lógica inexata do amor na matemática que coreografa os anjos...”
Tradução não necessariamente literal de “Harvest Moon”, de Neil Young, realizada sem intuito comercial, seguida de transcrição da primeira parte de “Cores Vivas”, texto e música de Marcus Marçal. Não é permitida a reprodução destes textos de forma alguma sem permissão prévia, seja em sua forma integral ou parcial. Por favor, contate-me antes via email.
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