O SOM DA MÚSICA: FRAGMENTOS DE MONOLITO XXX

Wednesday, May 23, 2007

FRAGMENTOS DE MONOLITO XXX

XXX. Lua da Colheita / Cores Vivas (Primeira Parte)

“Venha, chegue um pouco mais perto. Ouça o que eu tenho a dizer. Podemos sonhar esta noite afora como crianças dormindo. Mas há uma lua cheia se levantando. Vamos embora bailar ao luar. Sabemos onde a música toca, vamos lá fora sentir a noite. Pois eu ainda estou apaixonado por você e quero vê-la dançar novamente nesta lua da colheita. Quando ainda não nos conhecíamos, eu te assistia de longe. Quando éramos amantes, eu te amei com todo o meu coração. Mas agora está ficando tarde e a lua escala alto o céu. E eu quero celebrá-la, vê-la brilhando em seu olhar porque ainda estou apaixonado por você e quero te ver bailar novamente nesta lua da colheita.”

“Se você quiser me ver, já sabe onde me encontrar. É só seguir minhas pegadas nesta aquarela em preto e branco. Esqueço que a vida é um eterno agora, percorro estradas perdidas procurando aurora aonde os raios de Sol se recusam a brilhar que vi outrora esvair junto ao vento que sopra... Sim, eu sei que o tempo nunca volta atrás; pois pegue este meu coração e faça-o sangrar até dilacerá-lo numa constelação... Assim as estrelas guiarão seus passos na escuridão da noite e, enquanto apostas no invisível, meu coração de néon brilha radiante como as luzes da cidade no horizonte. Melhor enxergamos durante o crepúsculo, nos cegaria os olhos o brilho que jamais vimos até a manhã raiar, você chegar ao longe... E eu vir o Sol nascer em seu sorriso. Caloroso é o abraço de quem tem saudade, quente como a nossa estrela na noite de verão. E feito um astro em chamas penetro a atmosfera e incendeio o céu cinzento. E é de lá que nasce um novo dia... Escarlate qual sangue pulsa em nossas veias o vermelho intenso de um ultravioleta vulcão. E que não nos privemos deste Sol que nasce iluminando toda e qualquer noite turva ao reluzir ouro no azul celeste da imensidão. Pois se um dia as estrelas nos estiveram foram de alcance e a felicidade quiçá parecera uma estrela distante que agora explode pródiga em cores vivas como somente a vida esclarece o que a razão não consegue explicar... Quanta gente adoraria ver o brilho do átomo na velocidade da luz! Quantum! A energia fotoelétrica empacota em lúcido feixe a breve distância de quaisquer anos-luz, tamanha é a velocidade porque mantivestes a chama acesa nos castiçais que ornamentam teus olhos onde as estrelas transbordam da íris a lógica inexata do amor na matemática que coreografa os anjos...”

Tradução não necessariamente literal de “Harvest Moon”, de Neil Young, realizada sem intuito comercial, seguida de transcrição da primeira parte de “Cores Vivas”, texto e música de Marcus Marçal. Não é permitida a reprodução destes textos de forma alguma sem permissão prévia, seja em sua forma integral ou parcial. Por favor, contate-me antes via email.

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Sou Marcus Marçal, jornalista de profissão e músico de coração.

Veja bem, se esta é sua primeira visita, afirmo de antemão que, para usufruir dos textos deste blog, é necessário um mínimo de inteligência. Este blog contém reflexões sobre música, material ficcional, devaneios biográficos, desvarios em prosa, egotrips sonoras e até mesmo material de cunho jornalístico.

E, se você não é muito acostumado à leitura, provavelmente pode ter um pouco de dificuldades com a forma caótica com que as informações são despejadas neste espaço.

Gostaria de deixar claro que os referenciais sobre texto e música aqui dispostos são vastos e muitas das vezes antagônicos entre si. Por essa razão, narrativa-linear não é sobrenome deste espaço, entende?

Tendo isto em mente, fica mais fácil dialogarmos sobre nossos interesses em comum dispostos aqui, pois o entendimento de parte dos textos contidos neste blog não deve ser feito ao pé da letra. E se você por acaso tiver conhecimento ou mesmo noção das funções da linguagem então poderá usufruir mais adequadamente do material contido neste site, munido de ferramentas de responsabilidade de ordem exclusiva ao leitor.

Quero dizer que, apesar da minha formação como jornalista, apenas uma parcela pequena dos textos aqui expostos foi e é concebida com este intuito, o que me permite escrever sem maiores preocupações com formatos ou convenções. Geralmente escrevo o que me dá na telha e só depois eventualmente faço alguma revisão mais atenta, daí a razão de por essas e outras eu deixar como subtítulo para este O SOM DA MÚSICA o bordão VERBORRAGIA DE CÓDIGO-FONTE ABERTO COM VALIDADE RESTRITA, e também porque me reservo ao direito de minhas opiniões se transformarem com o passar do tempo.

Portanto, faço um pedido encarecidamente às pessoas dotadas de pensamento obtuso, aos fanáticos de todos os tipos, aos analfabetos funcionais e às aberrações do tipo: por gentileza, não percam seu tempo com minha leitura a fim de lhes poupar atenção dispensada indevidamente.

Aos leitores tradicionais e visitantes ocasionais com flexibilidade de raciocínio, peço minhas sinceras desculpas. Faço esse blá-blá-blá todo apenas para afastar qualquer pessoa com pouca inteligência. Mesmo porque tem tanta gente por aí que domina as normas da língua portuguesa, mas são praticamente analfabetos funcionais...


As seções do blog você encontra ao lado, sempre no post ÍNDICE DE SEÇÕES, e a partir dele fica fácil navegar por este site pessoal intitulado O SOM DA MÚSICA.

Sinta-se livre para expressar quaisquer opiniões a respeito dos textos contidos no blog, uma vez que de nada vale a pena esbravejar opiniões no cyber espaço sem o aval da resposta do interlocutor.

Espero que este seja um território livre para a discussão e expressão de opiniões, ainda que contrárias as minhas, acerca de nossa paixão pela música. Afinal, de nada valeria escutarmos discos, fazermos músicas, lermos textos, irmos a shows e vivermos nossas vidas sem que pudéssemos compartilhar nossas opiniões a respeito disso tudo.

Espero que você seja o tipo de leitor que aprecie a abordagem sobre música contida neste blog.


De qualquer forma, sejam todos bem-vindos! Sintam-se como se estivessem em casa.

Caso queira entrar em contato, meu email é marcus.marcal@yahoo.com.br.
Grande abraço!
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