O SOM DA MÚSICA: FRAGMENTOS DE MONOLITO XXVII

Friday, May 18, 2007

FRAGMENTOS DE MONOLITO XXVII

"O sol nunca se põe nos infinitos domínios da Microsoft. Todos sabemos que é só uma inocente e singela corrida. Tudo é seguro nos liberais domínios da tecnolife mas, por qualquer razão estranha, eu só consigo ver macrosangue escorrendo dos dedos tétricos que preparam nosso castos Big-Macs. Então eu estou voltando pra China, nunca é tarde mas antes eu queria levar um lote de vocês para um longo passeio. Quem tem que viver encurralado? Bye-bye! Consciência ambiental com as menores taxas do pregão, mas algo me incomoda. Não sei, deve ser o cheiro de ódio que exala de suas turbinadas sementes. Dólar em baixa comprime os preços nos mercados emergentes, mas quem não conhece o final dessa piada? Funesta maratona sem linha de chegada. Microsoft... Satélites rastreiam nossos passos, portanto eu realmente não sei quanto tempo ainda temos. Quanto tempo ainda temos? Quanto tempo temos para limpar as mãos antes que o anjo rede NBC nos liberte deste tenebroso anonimato. Então estou voltando para a China, mas antes queria levar um lote de vocês para um longo passeio. Não temos que viver encurralados. Bye-bye! Peixinhos dourados. Então estou voltando para a China, mas antes queria levar uns trinta de vocês para um longo passeio. Não temos que viver encurralados. Bye-bye! Peixinhos dourados... O Sol nunca se põe... Microsoft! Todos sabemos que é só uma inocente corrida de vantagens."

"O sol raiou vamos cantar juntos, vamos dar as mãos. O sol raiou unindo periferias num só coração. Dá licença, truta! Aqui é o rap, não o crime. Não vim trocar tiro, vim falar de um mundo livre. Guarde sua maldade, descanse seu calibre. É tudo nosso, irmandade! Nós somos do mesmo time. Sempre usei minha rima de maneira positiva, não vai ser agora que eu vou trocar de camisa. Sempre tive um sonho, essa é minha obsessão: ver o amor vencendo a guerra e a flor o canhão. É... Um só amor, tudo! Igualdade, eu peço na humildade é o fim da vaidade. Imagina só como seria diferente se Adão e Eva não ouvissem a serpente. Sem derrotado e sem vencedor. Sem explorado sem explorador. Um coral de anjos, serafins, querubins tocando harpa o dia inteiro para vocês e para mim. Você deve estar pensando: 'o Aliado G ta locão'. Mas o mestre citou que, se todos derem as mãos, aí o barato fica louco e ninguém sacará as armas. A vida iria ser doce como um conto de fadas. O sol raiou, vamos cantar juntos! Vamos dar as mãos. O sol raiou, unindo periferias num só coração. Ó poetas do passado, iluminem meu presente. Que meus versos sejam sempre firmes, fortes, conscientes... Alquimistas do saber, de quem estou muito aquém, transformem minha canção num vírus que espalhe o bem. Carro, dinheiro, sexo, preconceito, ódio, inveja, paz do desespero. Um só amor, um só coração. Chamem-me de louco, mas é meu sonho, não é não? Pare para pensar, sem estresse. Pura calma, todos são de carne e osso. Morre o corpo, fica a alma. Até quando valorizar vaidade, mais-valia? Se esse jogo tem juiz, apite o fim dessa partida. Olhos, irmão, eu já vi de várias cores. Olhos vermelhos e espelhos de minhas dores de um passado bem recente. O poeta citou que conheceu a verdade e ela o libertou. Deixe a cor dos olhos superar a cor da pele prevalecendo igualdade e a liberdade resplandece. Minha canção é um grito de esperança, a terra desce. Seja justo, hoje que o amanhã a Deus pertence. O sol raiou vamos cantar juntos, vamos dar as mãos. O sol raiou unindo as periferias num só coração. Quantas balas de AK? Quantos traçantes no ar? Quantos carros da reserva a AR15 vai parar? Não podemos esperar simplesmente parasitar até a ultima trombeta do arcanjo ecoar. Talvez seja tarde para livrar seu irmão da grade, para te libertar do crack, para dar fuga do Denarc... Quantos mais vão precisar se perder para se encontrar? Quantas lágrimas do rosto dos humildes vão rolar? Cabeças decepar? Quantas vidas dizimar? Quantas perguntas sem respostas o vento ira soprar? Pode me tirar... Pode me chamar de doido, não sou mais do que ninguém. Eu sei. Nem o tonto, nem o Zorro... O barato louco nas cadeias, nos morros. Na hora da ação, só reage quem é louco. Coçou, levou pipoco, foi pra casa sem pescoço. O homem à deriva navega no desgosto, mas quem é verdadeiro não se entrega jamais. Calça a sandália da humildade, veste o manto da paz. Estenda a mão, pois não será em vão. Todos juntos, um amor, um só coração. O sol raiou vamos cantar juntos, vamos dar as mãos. O sol raiou, unindo as periferias num só coração. O sol raiou vamos cantar juntos, vamos dar as mãos. O sol raiou, unindo as periferias num só coração..."

Citação sem intuito comercial de "Cho Seung Song" e "Face da Morte", textos de Fred 04.

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Sou Marcus Marçal, jornalista de profissão e músico de coração.

Veja bem, se esta é sua primeira visita, afirmo de antemão que, para usufruir dos textos deste blog, é necessário um mínimo de inteligência. Este blog contém reflexões sobre música, material ficcional, devaneios biográficos, desvarios em prosa, egotrips sonoras e até mesmo material de cunho jornalístico.

E, se você não é muito acostumado à leitura, provavelmente pode ter um pouco de dificuldades com a forma caótica com que as informações são despejadas neste espaço.

Gostaria de deixar claro que os referenciais sobre texto e música aqui dispostos são vastos e muitas das vezes antagônicos entre si. Por essa razão, narrativa-linear não é sobrenome deste espaço, entende?

Tendo isto em mente, fica mais fácil dialogarmos sobre nossos interesses em comum dispostos aqui, pois o entendimento de parte dos textos contidos neste blog não deve ser feito ao pé da letra. E se você por acaso tiver conhecimento ou mesmo noção das funções da linguagem então poderá usufruir mais adequadamente do material contido neste site, munido de ferramentas de responsabilidade de ordem exclusiva ao leitor.

Quero dizer que, apesar da minha formação como jornalista, apenas uma parcela pequena dos textos aqui expostos foi e é concebida com este intuito, o que me permite escrever sem maiores preocupações com formatos ou convenções. Geralmente escrevo o que me dá na telha e só depois eventualmente faço alguma revisão mais atenta, daí a razão de por essas e outras eu deixar como subtítulo para este O SOM DA MÚSICA o bordão VERBORRAGIA DE CÓDIGO-FONTE ABERTO COM VALIDADE RESTRITA, e também porque me reservo ao direito de minhas opiniões se transformarem com o passar do tempo.

Portanto, faço um pedido encarecidamente às pessoas dotadas de pensamento obtuso, aos fanáticos de todos os tipos, aos analfabetos funcionais e às aberrações do tipo: por gentileza, não percam seu tempo com minha leitura a fim de lhes poupar atenção dispensada indevidamente.

Aos leitores tradicionais e visitantes ocasionais com flexibilidade de raciocínio, peço minhas sinceras desculpas. Faço esse blá-blá-blá todo apenas para afastar qualquer pessoa com pouca inteligência. Mesmo porque tem tanta gente por aí que domina as normas da língua portuguesa, mas são praticamente analfabetos funcionais...


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Sinta-se livre para expressar quaisquer opiniões a respeito dos textos contidos no blog, uma vez que de nada vale a pena esbravejar opiniões no cyber espaço sem o aval da resposta do interlocutor.

Espero que este seja um território livre para a discussão e expressão de opiniões, ainda que contrárias as minhas, acerca de nossa paixão pela música. Afinal, de nada valeria escutarmos discos, fazermos músicas, lermos textos, irmos a shows e vivermos nossas vidas sem que pudéssemos compartilhar nossas opiniões a respeito disso tudo.

Espero que você seja o tipo de leitor que aprecie a abordagem sobre música contida neste blog.


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