MINHA BANDA PODE SER MINHA VIDA VIII
Under the Red Sky
Já tenho bastante material novo acumulado de minha autoria. Houve época em que eu sempre tinha um gravador à mão para registrar os temas que pintavam para que eu mesmo não esquecesse de sua existência. E posso dizer que tenho zilhões de riffs e trechos de canções que facilmente seriam o prosseguimento do que fiz nas Andaluz Aurora Demos. Mas não queria simplesmente concluir as novas músicas com moldes semelhantes aos que usei em boa parte do material recente, então estou me forçando a não fazer as coisas da forma em que estou acostumado. Reinvenção...
E recentemente tenho trabalhado nas horas vagas em um tema que é mais ou menos o que "Azure" significava dentre as canções dispostas nas Andaluz Aurora Demos. Tipo um ponto-de-partida ou algo do tipo. Obviamente a música não tem nada a ver com "Azure", é em outro tom, mas sinaliza novas diretrizes musicais que pretendo implementar logo.
Primeiro: não estou gravando nada em casa, simplesmente estou decorando os temas, mesmo que isso implique em eu tocar as novas músicas levemente diferentes do que na ocasião em que as concebi.
Segundo: quero soar diferente do que já me acostumei a soar. E isso não quer dizer que eu venha a soar mais acessível ou que a música tenha refrão. Algumas dos meus artistas prediletos são o que são e muitos deles pouco se deram ao trabalho de fazer refrãos (arrout).
Terceiro: não estou nada pilhado em fazer música pra velhota. Eu até posso lá adiante fazer alguma coisa mais acessível ao ouvinte ordinário de música pop, mas a nova safra de músicas é uma jornada que vai mais fundo em direção ao som que eu quero fazer para meu deleite. Umbiguismo mesmo, morou?
Ou seja, é som para quem já escutou muita música, das mais variadas tendências, e que está pouco se lixando para "soar belo", ui. A minha vontade é soar mais cru e grotesco, sem apelar para clichês de guitarra e coisas do tipo. Na verdade, minha pilha é soar mais barulhento, soar incômodo mesmo.
Mas esta música que eventualmente tenho tocado recentemente no intuito de burilá-la é algo como uma ruptura gradual com o som antigo em direção a um som mais rápido e raivoso. Isso para que a coisa não deixe de soar naturalmente como extensão de minha identidade musical a ser futuramente somada a contribuição de meus dois colegas de banda nos arranjos.
Digamos que seja algo do tipo, o pessoal do Fugazi em jam com o pessoal do Kyuss, com todas eles se fantasiando sonoramente de Black Sabbath, mas soando como um power trio "emaluquecido". Entende?
Textos de Marcus Marçal, exceto quando ressaltado. Todos os direitos reservados ao autor. Não é permitida a reprodução deste texto de forma alguma sem permissão prévia, seja em sua forma integral ou parcial. Por favor, contate-me antes via email.
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Já tenho bastante material novo acumulado de minha autoria. Houve época em que eu sempre tinha um gravador à mão para registrar os temas que pintavam para que eu mesmo não esquecesse de sua existência. E posso dizer que tenho zilhões de riffs e trechos de canções que facilmente seriam o prosseguimento do que fiz nas Andaluz Aurora Demos. Mas não queria simplesmente concluir as novas músicas com moldes semelhantes aos que usei em boa parte do material recente, então estou me forçando a não fazer as coisas da forma em que estou acostumado. Reinvenção...
E recentemente tenho trabalhado nas horas vagas em um tema que é mais ou menos o que "Azure" significava dentre as canções dispostas nas Andaluz Aurora Demos. Tipo um ponto-de-partida ou algo do tipo. Obviamente a música não tem nada a ver com "Azure", é em outro tom, mas sinaliza novas diretrizes musicais que pretendo implementar logo.
Primeiro: não estou gravando nada em casa, simplesmente estou decorando os temas, mesmo que isso implique em eu tocar as novas músicas levemente diferentes do que na ocasião em que as concebi.
Segundo: quero soar diferente do que já me acostumei a soar. E isso não quer dizer que eu venha a soar mais acessível ou que a música tenha refrão. Algumas dos meus artistas prediletos são o que são e muitos deles pouco se deram ao trabalho de fazer refrãos (arrout).
Terceiro: não estou nada pilhado em fazer música pra velhota. Eu até posso lá adiante fazer alguma coisa mais acessível ao ouvinte ordinário de música pop, mas a nova safra de músicas é uma jornada que vai mais fundo em direção ao som que eu quero fazer para meu deleite. Umbiguismo mesmo, morou?
Ou seja, é som para quem já escutou muita música, das mais variadas tendências, e que está pouco se lixando para "soar belo", ui. A minha vontade é soar mais cru e grotesco, sem apelar para clichês de guitarra e coisas do tipo. Na verdade, minha pilha é soar mais barulhento, soar incômodo mesmo.
Mas esta música que eventualmente tenho tocado recentemente no intuito de burilá-la é algo como uma ruptura gradual com o som antigo em direção a um som mais rápido e raivoso. Isso para que a coisa não deixe de soar naturalmente como extensão de minha identidade musical a ser futuramente somada a contribuição de meus dois colegas de banda nos arranjos.
Digamos que seja algo do tipo, o pessoal do Fugazi em jam com o pessoal do Kyuss, com todas eles se fantasiando sonoramente de Black Sabbath, mas soando como um power trio "emaluquecido". Entende?
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