O SOM DA MÚSICA: MINHA BANDA PODE SER MINHA VIDA VIII

Monday, March 19, 2007

MINHA BANDA PODE SER MINHA VIDA VIII

Under the Red Sky

Já tenho bastante material novo acumulado de minha autoria. Houve época em que eu sempre tinha um gravador à mão para registrar os temas que pintavam para que eu mesmo não esquecesse de sua existência. E posso dizer que tenho zilhões de riffs e trechos de canções que facilmente seriam o prosseguimento do que fiz nas Andaluz Aurora Demos. Mas não queria simplesmente concluir as novas músicas com moldes semelhantes aos que usei em boa parte do material recente, então estou me forçando a não fazer as coisas da forma em que estou acostumado. Reinvenção...

E recentemente tenho trabalhado nas horas vagas em um tema que é mais ou menos o que "Azure" significava dentre as canções dispostas nas Andaluz Aurora Demos. Tipo um ponto-de-partida ou algo do tipo. Obviamente a música não tem nada a ver com "Azure", é em outro tom, mas sinaliza novas diretrizes musicais que pretendo implementar logo.

Primeiro: não estou gravando nada em casa, simplesmente estou decorando os temas, mesmo que isso implique em eu tocar as novas músicas levemente diferentes do que na ocasião em que as concebi.

Segundo: quero soar diferente do que já me acostumei a soar. E isso não quer dizer que eu venha a soar mais acessível ou que a música tenha refrão. Algumas dos meus artistas prediletos são o que são e muitos deles pouco se deram ao trabalho de fazer refrãos (arrout).

Terceiro: não estou nada pilhado em fazer música pra velhota. Eu até posso lá adiante fazer alguma coisa mais acessível ao ouvinte ordinário de música pop, mas a nova safra de músicas é uma jornada que vai mais fundo em direção ao som que eu quero fazer para meu deleite. Umbiguismo mesmo, morou?

Ou seja, é som para quem já escutou muita música, das mais variadas tendências, e que está pouco se lixando para "soar belo", ui. A minha vontade é soar mais cru e grotesco, sem apelar para clichês de guitarra e coisas do tipo. Na verdade, minha pilha é soar mais barulhento, soar incômodo mesmo.

Mas esta música que eventualmente tenho tocado recentemente no intuito de burilá-la é algo como uma ruptura gradual com o som antigo em direção a um som mais rápido e raivoso. Isso para que a coisa não deixe de soar naturalmente como extensão de minha identidade musical a ser futuramente somada a contribuição de meus dois colegas de banda nos arranjos.

Digamos que seja algo do tipo, o pessoal do Fugazi em jam com o pessoal do Kyuss, com todas eles se fantasiando sonoramente de Black Sabbath, mas soando como um power trio "emaluquecido". Entende?

Textos de Marcus Marçal, exceto quando ressaltado. Todos os direitos reservados ao autor. Não é permitida a reprodução deste texto de forma alguma sem permissão prévia, seja em sua forma integral ou parcial. Por favor, contate-me antes via email.

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Sou Marcus Marçal, jornalista de profissão e músico de coração.

Veja bem, se esta é sua primeira visita, afirmo de antemão que, para usufruir dos textos deste blog, é necessário um mínimo de inteligência. Este blog contém reflexões sobre música, material ficcional, devaneios biográficos, desvarios em prosa, egotrips sonoras e até mesmo material de cunho jornalístico.

E, se você não é muito acostumado à leitura, provavelmente pode ter um pouco de dificuldades com a forma caótica com que as informações são despejadas neste espaço.

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Quero dizer que, apesar da minha formação como jornalista, apenas uma parcela pequena dos textos aqui expostos foi e é concebida com este intuito, o que me permite escrever sem maiores preocupações com formatos ou convenções. Geralmente escrevo o que me dá na telha e só depois eventualmente faço alguma revisão mais atenta, daí a razão de por essas e outras eu deixar como subtítulo para este O SOM DA MÚSICA o bordão VERBORRAGIA DE CÓDIGO-FONTE ABERTO COM VALIDADE RESTRITA, e também porque me reservo ao direito de minhas opiniões se transformarem com o passar do tempo.

Portanto, faço um pedido encarecidamente às pessoas dotadas de pensamento obtuso, aos fanáticos de todos os tipos, aos analfabetos funcionais e às aberrações do tipo: por gentileza, não percam seu tempo com minha leitura a fim de lhes poupar atenção dispensada indevidamente.

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Espero que este seja um território livre para a discussão e expressão de opiniões, ainda que contrárias as minhas, acerca de nossa paixão pela música. Afinal, de nada valeria escutarmos discos, fazermos músicas, lermos textos, irmos a shows e vivermos nossas vidas sem que pudéssemos compartilhar nossas opiniões a respeito disso tudo.

Espero que você seja o tipo de leitor que aprecie a abordagem sobre música contida neste blog.


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Caso queira entrar em contato, meu email é marcus.marcal@yahoo.com.br.
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