FRAGMENTOS DE MONOLITO XX
"Veja quanta violência. Só se pensa em exterminar. Violência gera violência. Isso não vai acabar. Quanto ódio, quanta sede de vingança, quanta dor! Fala mais alto o dinheiro. O mundo virou um terror! Um terror! Um terror! Um terror! Ho! Ho! Ho! Ho! Ho! Ho! Ho!"
"A voz do morro grita. Grita de medo, de raiva, de ódio, de mágoa. Faz o grito gritar na valsa. É um grito de liberdade. A voz do morro canta, canta o amor, a cachaça, a alegria, a arruaça de quem trabalha duro de sol a sol. De sol a sol. A voz do morro, a voz do morro não se cala. A voz do morro fala. Fala de pobreza, de esperança, de xingada, de carinho. Fala bem mansinho ao pé do ouvido. Ao pé do ouvido. A voz do morro manda. Mandou dizer, mandou avisar, mandou você se ligar que tudo que some um dia aparece. Que tudo que um dia um dia aparece. Se liga malandro. Se liga, se liga. A voz do morro não se cala. Nem se abala, não se abala. Não treme, não se resguarda. Abre agora o caminho fechado para sua ascensão social. Abre agora o caminho fechado para sua ascensão social. Abre agora o caminho fechado. A voz do morro, a voz do morro não se cala depois do carnaval. A voz do morro, a voz do morro não se cala depois do carnaval. Não!"
"Ouço os tambores vindos da Africa, eles me trazem um triste lamento. Me dizem que a morte é o caminho mais fácil para acabar com tanto sofrimento. Mulheres, crianças são todos guerreiros: guerreiros flagelos sonhando com liberdade. Os séculos contam uma triste história onde só vence o imperialismo selvagem. Tambores à noite, não se calam jamais... No norte da America só solidão, lembranças despedaçam o coração. Do tempo de glória, não restou nada: aldeias inteiras devastadas. No centro da América, uma velha canção sobe pro céu, vira oração. Deus se cala, nada responde. A fé é esmagada pela força da espada. Tambores à noite, não se calam jamais... Um hino xavante, um hino xingu, o canto triste do uirapuru. Bombas napalm ardem na carne, gigantes dormem o sono da eternidade. O canto de guerra já ecoou na floresta. Agora se cala, apenas espera. Da terra tomada, da terra usurpada, só restam as lagrimas de uma naçao humilhada..."
"Lutamos com força e coragem. E conseguimos. Os tempos mudaram. Mudou o hino. Não há mais guerra, não há mais fome, religião... As crianças hoje brincam com a luz da salvação. E sempre foram a salvação. Sempre foram a salvação. As crianças hoje brincam com a luz da salvação. Nunca desistimos gritamos a verdade de que um povo unido governa seu destino. Temos a imagem, temos a semelhança. Temos a luz. A luz das crianças. E sempre foram a salvação. Sempre foram a salvação. As crianças hoje brincam com a luz da salvação. É do caralho porra! É foda, porra! É do caralho, pooooooooooooooorra!"
Transcrições sem intuito comercial de "Asa Preta", "A Voz do Morro", "Tambores" e "Luz da Salvação". "A Voz do Morro", "Tambores" são textos de Clemente Nascimento. "Asa Preta" e "Luz da salvação" são textos de Cannibal. Não é permitida a reprodução destes textos de forma alguma sem permissão prévia, seja em sua forma integral ou parcial. Por favor, contate-me antes via e-mail.
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"A voz do morro grita. Grita de medo, de raiva, de ódio, de mágoa. Faz o grito gritar na valsa. É um grito de liberdade. A voz do morro canta, canta o amor, a cachaça, a alegria, a arruaça de quem trabalha duro de sol a sol. De sol a sol. A voz do morro, a voz do morro não se cala. A voz do morro fala. Fala de pobreza, de esperança, de xingada, de carinho. Fala bem mansinho ao pé do ouvido. Ao pé do ouvido. A voz do morro manda. Mandou dizer, mandou avisar, mandou você se ligar que tudo que some um dia aparece. Que tudo que um dia um dia aparece. Se liga malandro. Se liga, se liga. A voz do morro não se cala. Nem se abala, não se abala. Não treme, não se resguarda. Abre agora o caminho fechado para sua ascensão social. Abre agora o caminho fechado para sua ascensão social. Abre agora o caminho fechado. A voz do morro, a voz do morro não se cala depois do carnaval. A voz do morro, a voz do morro não se cala depois do carnaval. Não!"
"Ouço os tambores vindos da Africa, eles me trazem um triste lamento. Me dizem que a morte é o caminho mais fácil para acabar com tanto sofrimento. Mulheres, crianças são todos guerreiros: guerreiros flagelos sonhando com liberdade. Os séculos contam uma triste história onde só vence o imperialismo selvagem. Tambores à noite, não se calam jamais... No norte da America só solidão, lembranças despedaçam o coração. Do tempo de glória, não restou nada: aldeias inteiras devastadas. No centro da América, uma velha canção sobe pro céu, vira oração. Deus se cala, nada responde. A fé é esmagada pela força da espada. Tambores à noite, não se calam jamais... Um hino xavante, um hino xingu, o canto triste do uirapuru. Bombas napalm ardem na carne, gigantes dormem o sono da eternidade. O canto de guerra já ecoou na floresta. Agora se cala, apenas espera. Da terra tomada, da terra usurpada, só restam as lagrimas de uma naçao humilhada..."
"Lutamos com força e coragem. E conseguimos. Os tempos mudaram. Mudou o hino. Não há mais guerra, não há mais fome, religião... As crianças hoje brincam com a luz da salvação. E sempre foram a salvação. Sempre foram a salvação. As crianças hoje brincam com a luz da salvação. Nunca desistimos gritamos a verdade de que um povo unido governa seu destino. Temos a imagem, temos a semelhança. Temos a luz. A luz das crianças. E sempre foram a salvação. Sempre foram a salvação. As crianças hoje brincam com a luz da salvação. É do caralho porra! É foda, porra! É do caralho, pooooooooooooooorra!"
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