FRAGMENTOS DE MONOLITO VIII
Canção para Woody / Canção para Bob Dylan
“Aqui estou a muitas milhas de casa, seguindo uma estrada que outros homens percorreram. Vendo o teu mundo de pessoas e coisas, os teus pobres e camponeses e príncipes e reis. Ei, Woody Guthrie, escrevi uma canção para ti sobre um estranho mundo velho revelando-se a meus olhos, parece doente e tem fome, está cansado e está em pedaços, tem ar de moribundo e ainda agora nasceu. Ei, Woody Guthrie, mas eu sei que tu sabes tudo o que estou a dizer e muito mais. Canto para ti e não digo o bastante, pois poucos homens há que tenham dito o que fizeste. Aqui saúdo também Cisco e Sonny e Leadbelly e toda a gente boa que contigo viajou. Saúdo os corações e as mãos dos homens que surgem com a poeira e partem com o vento. Vou-me embora amanhã, mas podia ser hoje pela estrada afora num dia qualquer. A última coisa que me agradaria fazer seria dizer que também percorri um duro caminho”.
Tradução não-necessariamente literal de “Song to Woody”, de autoria de Bob Dylan, feita por Marcus Marçal, sem intuito comercial.
“Ouça isto, Robert Zimmerman. Escrevi a ti uma canção. Acerca de um rapazote esquisito chamado Bob Dylan. Com uma voz de areia e cola, suas palavras de verdadeira vingança podem atirar-nos ao chão, trouxeram à ribalta algumas pessoas e a muitas hão de assustar. Aí vem ela! Aí vem ela! Aí vem ela outra vez! A mesma velha senhora, pintada da fronte do supercérebro, dilacerará este mundo em pedaços enquanto avança amigavelmente, mas um par de canções do teu velho álbum de recortes pode manda-la de novo para casa. Doaste tua alma a todo dormitório pelo menos um quadro em minha parede, sentado por detrás de um milhão de pares de olhos e disseste-lhes porque olhavam, depois perdemos o comboio de teus pensamentos. Os quadros são todos de tua autoria e, enquanto os problemas se prenunciam, nós preferimos assustarmo-nos melhor estando juntos que solitariamente. Agora ouça isto, Robert Zimmerman! Cheguei a supor que não nos encontraríamos. Pergunte a teu caro amigo Dylan se não lhe apetece um Vislumbre em direção à velha estrada. Diz-lhe que perderam seus poemas e por isso os escrevem nas paredes. Nos traga de volta nossa unidade, nossa família. Tu que és refugiado de todas as nações, não nos abandones com a lucidez alheia...".
Tradução não-necessariamente literal de “Song For Bob Dylan”, de autoria de David Bowie, feita por Marcus Marçal, sem intuito comercial.
Não é permitida a reprodução destes textos de forma alguma sem permissão prévia, seja em sua forma integral ou parcial. Por favor, contate-me antes via e-mail.
CLIQUE AQUI PARA VOLTAR AO ÍNDICE DE SEÇÕES
“Aqui estou a muitas milhas de casa, seguindo uma estrada que outros homens percorreram. Vendo o teu mundo de pessoas e coisas, os teus pobres e camponeses e príncipes e reis. Ei, Woody Guthrie, escrevi uma canção para ti sobre um estranho mundo velho revelando-se a meus olhos, parece doente e tem fome, está cansado e está em pedaços, tem ar de moribundo e ainda agora nasceu. Ei, Woody Guthrie, mas eu sei que tu sabes tudo o que estou a dizer e muito mais. Canto para ti e não digo o bastante, pois poucos homens há que tenham dito o que fizeste. Aqui saúdo também Cisco e Sonny e Leadbelly e toda a gente boa que contigo viajou. Saúdo os corações e as mãos dos homens que surgem com a poeira e partem com o vento. Vou-me embora amanhã, mas podia ser hoje pela estrada afora num dia qualquer. A última coisa que me agradaria fazer seria dizer que também percorri um duro caminho”.
Tradução não-necessariamente literal de “Song to Woody”, de autoria de Bob Dylan, feita por Marcus Marçal, sem intuito comercial.
“Ouça isto, Robert Zimmerman. Escrevi a ti uma canção. Acerca de um rapazote esquisito chamado Bob Dylan. Com uma voz de areia e cola, suas palavras de verdadeira vingança podem atirar-nos ao chão, trouxeram à ribalta algumas pessoas e a muitas hão de assustar. Aí vem ela! Aí vem ela! Aí vem ela outra vez! A mesma velha senhora, pintada da fronte do supercérebro, dilacerará este mundo em pedaços enquanto avança amigavelmente, mas um par de canções do teu velho álbum de recortes pode manda-la de novo para casa. Doaste tua alma a todo dormitório pelo menos um quadro em minha parede, sentado por detrás de um milhão de pares de olhos e disseste-lhes porque olhavam, depois perdemos o comboio de teus pensamentos. Os quadros são todos de tua autoria e, enquanto os problemas se prenunciam, nós preferimos assustarmo-nos melhor estando juntos que solitariamente. Agora ouça isto, Robert Zimmerman! Cheguei a supor que não nos encontraríamos. Pergunte a teu caro amigo Dylan se não lhe apetece um Vislumbre em direção à velha estrada. Diz-lhe que perderam seus poemas e por isso os escrevem nas paredes. Nos traga de volta nossa unidade, nossa família. Tu que és refugiado de todas as nações, não nos abandones com a lucidez alheia...".
Tradução não-necessariamente literal de “Song For Bob Dylan”, de autoria de David Bowie, feita por Marcus Marçal, sem intuito comercial.
Não é permitida a reprodução destes textos de forma alguma sem permissão prévia, seja em sua forma integral ou parcial. Por favor, contate-me antes via e-mail.
CLIQUE AQUI PARA VOLTAR AO ÍNDICE DE SEÇÕES
0 Comments:
Post a Comment
Subscribe to Post Comments [Atom]
<< Home