O SOM DA MÚSICA: FRAGMENTOS DE MONOLITO VII

Saturday, October 14, 2006

FRAGMENTOS DE MONOLITO VII

TRATADO DE VIDA / INOCÊNCIA / DE FORMA ALGUMA

"No dia em que eu soube da morte de Freddie Mercury do Queen me deu um aperto no coração. Como não tinha nenhum disco do Queen por perto, peguei o Weld do Neil Young. Coloquei para tocar "Blowin' In the Wind", do poeta do rock Bob Dylan. A interpretação épica de Neil Young me tocou profundamente. Quando dei por mim estava chorando. As lágrimas corriam pelo meu rosto ao som dos versos de Dylan. Uma canção tão manjada mas que ainda consegue emocionar, e como. Como? Assim como Hendrix interpretava "Like a Rolling Stone". Da mesma forma que George Harrison interpretou "If Not For You", no antológico álbum All Things Must Pass. Dylan já me fez chorar tanto. Não de tristeza, mas de emoção, alegria, etc. Uma sensação gostosa de saber que nesse mundo existe alguém que te leva aos prantos, e repito: Emociona! No concerto de Bangladesh foi a mesma coisa. No momento em que Dylan entrou foi um instante mágico. Que sensação gostosa... Deus, obrigado por você existir! - é o que sempre digo quando passo por momentos como este. Chorei mais quando vi pela primeira vez Pat Garret and Billy the Kid. Oh, Deus! Como "Knockin' on Heavens Door" é linda. Naquele momento do filme ela ficou sublime. Os versos de Dylan são onipresentes em minha vida e me serviram de consolo para muitos momentos difíceis do tipo: "Quando você não tem nada, não existe nada a perder". Em Planet Waves, aquela lição de vida: "É preciso uma base muito sólida, para quando soprarem os ventos da mudança". Bob Dylan é um tratado de vida".

Citação sem intuito comercial da declaração de Kid Vinil, publicada no prefácio do livro A Estrada Revisitada, organizado por Isabel Bing.


"... Existia inocência em Woody Guthrie. Existia um tipo de inocência que eu nunca vi novamente - sei que isto era o que eu estava procurando. Se isto era real ou se era só um sonho, quem irá dizer...?"

Citação da declaração de Bob Dylan, sem intuito comercial, traduzida pelo poeta sul-africano Luís Louceiro, disposta no livro A Estrada Revisitada, organizado por Isabel Bing.


"De modo algum, a inocência te encontra lá e não importa o caminho que você escolher. O Sol e o filho são verdadeiros. Me abrace agora, não vou abrir mão de jeito algum, da inocência que te limita. Qualquer caminho que escolha, você estará lá com o Sol e dirá que não se importa. Oh, o caminho que você escolher no amor, no amor que somos esquecidos de forma alguma. Não importa o caminho que escolha, se agarre nele, a inocência que lhe cabe nos braços, de modo algum. A inocência te atém por lá e não se importa porque de modo algum te deixa sonhar. De forma alguma..."

"Sempre pensei que esta canção fosse encantadora e um pouco tristonha. Ele perdeu sua inocência, é sobre como ele se dá conta disto. E esta canção sempre me pareceu ser sobre o quanto a inocência pode lhe ser estimada até o momento em que ela te libera. E no mundo adulto, ela te limita. Embora, depois que algo precioso do tipo se esvai, há pouco a fazer além de lembrar o quão extraordinários foram os dias quando você era inocente e ingênuo. Ah sim, aqueles dias da mais tenra infância..."

Tradução não necessariamente literal de "Innosense", texto de Billy Corgan (1999), seguida de depoimento do autor disposto no site de seu fã-clube, aqui publicados sem qualquer intuito comercial.

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Sou Marcus Marçal, jornalista de profissão e músico de coração.

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E, se você não é muito acostumado à leitura, provavelmente pode ter um pouco de dificuldades com a forma caótica com que as informações são despejadas neste espaço.

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