O SOM DA MÚSICA: ENTREVISTÃO 45: Tom Zé lança o álbum "Dança-êh-Sá ao vivo: O Fim Da Canção" gratuitamente na Internet

Tuesday, January 06, 2009

ENTREVISTÃO 45: Tom Zé lança o álbum "Dança-êh-Sá ao vivo: O Fim Da Canção" gratuitamente na Internet

Ainda ando compilando material que publiquei em 2008. Essa aqui acabei de achar. Logo mais posto minha lista de melhores do ano...

18/06/2008 - 17h44
Tom Zé lança o álbum "Dança-êh-Sá ao vivo: O Fim Da Canção" gratuitamente na Internet
http://musica.uol.com.br/ultnot/2008/06/18/ult89u9224.jhtm
MARCUS MARÇAL
Da Redação

Em parceria com a gravadora Trama, o cantor e compositor Tom Zé lança o disco "Danç-Êh-Sá Ao Vivo: O Fim Da Canção" nesta sexta-feira (20). O disco é uma versão ao vivo de "Dança-Êh-Sá: Dança dos Herdeiros do Sacrifício" (2006) e inaugura oficialmente o Álbum Virtual, onde os internautas poderão baixar gratuitamente obras musicais por tempo limitado no site oficial do novo projeto do selo.

Em entrevista ao UOL realizada nesta quarta-feira (18), o artista baiano falou sobre o lançamento e suas perspectivas sobre os novos caminhos da música no panorama digital pautado pelas novidades tecnológicas. A idéia surgiu com a gravação de um show do cantor, realizada nos estúdios da gravadora Trama no final de 2007, em parceria com o Canal Brasil. Segundo a assessoria da Trama, todos os futuros lançamentos da gravadora seguirão este modelo. Os próximos lançamentos virtuais da gravadora serão a reedição do primeiro álbum do grupo Macaco Bong, "Artista Igual Pedreiro", e um disco de inéditas de Ed Motta, em julho e agosto, respectivamente.

Da mesma forma que seu contemporâneo Gilberto Gil, Tom Zé lança mão da rusticidade para encarnar o astronauta libertário que retratou em "2001", antiga parceria sua com o grupo Os Mutantes, inspirada no filme "2001: Uma Odisséia no Espaço" (1968) do cineasta Stanley Kubrick. O cantor faz analogia com a obra do cineasta para definir o atual rumo de sua carreira com o lançamento do álbum virtual. "Sinto-me como se saísse da Idade Média diretamente para uma estação orbital, como no filme de Kubrick", diz Tom Zé sobre o lançamento de álbum virtual na Internet.

Um dos artistas mais prolíficos e criativos do cenário da música popular brasileira, Tom Zé ressalta as novidades de seu novo álbum, rechaçando quaisquer possibilidades de estagnação criativa ao reeditar material antigo. "As canções estão praticamente irreconhecíveis, completamente modificadas na medida em que tocamos e encontramos novas soluções musicais e metamorfoses para esses temas. Fizemos uma nova edição, ao vivo, do meu disco lançado em 2006. As canções têm os mesmos nomes, mas neste álbum também incluímos 'Xiquexique', uma composição minha em parceria com José Miguel Winsnik", destacou.

"Dança-Êh-Sá: Dança dos Herdeiros do Sacrifício" foi originalmente inspirado na resposta obtida com jovens brasileiros por meio de dados aferidos em pesquisa realizada pela MTV em 2005, que revelou tendência coletiva ao hedonismo, consumismo e irresponsabilidade social. Obra de um artista que sempre pautou seu trabalho pelo uso criativo e inteligente da palavra, Tom Zé remontou aos primórdios da humanidade e nossa herança africana oriunda de teorias antropológicas, para elaborar um disco um álbum sem letras, endossando o ponto-de-vista de Chico Buarque, que há alguns anos proclamou o fim da canção.

"Também fiquei perplexo com o resultado e, em contrapartida ao pessimismo generalizado, resolvi peitar o desafio de criar um disco sem letras, de acordo com os anseios da juventude, que revelou não se importar muito com o aspecto lírico de álbuns de música. A pesquisa da MTV me levou a algo que não tem nada a ver com a etimologia dicionarizável da canção e assim ingressei em um universo pós-canção", explicou.

Mas o compositor mantém o otimismo e esperança, conforme declarou. "Somos um país jovem e somos herdeiros da África, em função da miscigenações e toda uma variedade de questões. Isso é fato, pois quando nossa juventude se apresenta em países nórdicos, por exemplo, todos se impressionam justamente com nossas conexões com o continente africano, por esse caldo cultural infusório", avalia.

Contatos pelo email marcus.marcal@uol.com.br

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