ENTREVISTÃO XXXXIV: Motörhead dá aula de rock’n roll pesado em seu 17º álbum de inéditas; leia entrevista (na íntegra)
O Motörhead confirmou mais uma turnê brasileira, a ser realizada em abril de 2009. Aproveitando o embalo, achei aqui nos meus arquivos a íntegra da matéria que publiquei no UOL em setembro, aqui neste link, com declarações do baterista Mikkey Dee.
Gostei bastante do “Motörizer”. A minha opinião é essa desde que o disco foi liberado para audição na Internet, no blog do “Headbangers Ball” da MTV norte-americana. Além do mais, os shows da banda costumam ser sempre muito bons, pois o Motörhead é uma banda clássica e influenciou muita gente fodona do rock’n roll.
Motörhead dá aula de rock’n roll pesado em seu 17º álbum de inéditas; leia entrevista
MARCUS MARÇAL
Da Redação
“Motörizer”, o novo álbum do grupo britânico Motörhead, é uma aula de rock’n roll básico. Em seu 17º disco de inéditas, a banda dá uma roupagem atual ao som pesado com o qual se notabilizou em álbuns clássicos como “Overkill” (1979), “Bomber” (1979), “Ace of Spades” (1980) e “Iron Fist” (1982), entre outros.
Junto ao Ramones e os Stooges, o Motörhead é um dos melhores exemplos de como o rock’n roll pode soar poderoso com poucos acordes e muitos decibéis. E, embora seja uma banda com décadas de estrada marcadas por excessos de todo tipo, o Motörhead ainda impressiona pelo vigor de seu repertório novo, uma constante em seus 33 anos de existência.
De Columbus, Ohio (EUA), o baterista Mikkey Dee falou ao UOL sobre o novo disco e os planos do grupo. Junto aos álbuns “Inferno” (2004) e “Kiss of Death” (2006), “Motorizer”’ retrata de forma adequada o que o Motörhead representa atualmente, conforme destacou o músico. “Nossos três últimos discos de estúdio salientam a versatilidade de nossa música, dentro do que se espera da banda. Não é fácil manter o padrão de qualidade com o qual o Motörhead se notabilizou, mas não é algo que pensemos muito a respeito. Simplesmente escrevemos nosso material novo e considero que estamos à altura do que se espera da banda e sua história”, avalia.
“Motörizer” contém onze faixas distribuídas em aproximadamente 40 minutos, com variedade musical suficiente para representar diferentes facetas do Motörhead --do punk ao metal, com destaque para as nuances de hard rock e blues. Por essa razão, o baterista opta por destacar o disco como um todo, a despeito de predileções pessoais ou maior apelo comercial de “músicas de trabalho” e outros procedimentos protocolares da indústria fonográfica.
“Acho que não seria válido destacarmos qualquer tema do disco em especial, pois ele é suficientemente variado dentro das referências com as quais a banda se popularizou. E ‘Motörizer’ tem todo tipo de música --desde canções lentas, rápidas ou mesmo gêneros variados. No entanto, é a mistura desses elementos característicos de nossa história que faz este álbum o melhor retrato do que o Motörhead é hoje em dia”, destaca.
Veteranos do rock pesado
Desde sua criação em 1975, a banda é capitaneada por Lemmy Kilminster (baixo e voz) e foi a primeira a misturar heavy metal e punk rock, até então estilos antagônicos. Uma das figuras mais legendárias da história do rock’n roll, o baixista é também a alma do Motörhead. Na ativa desde 1992, a atual formação da banda também conta com Phillip Campbell (guitarra), além de Mikkey Dee. Eles compõem um trio básico de rock, como preza a tradição do gênero e a história de bandas como Cream, Jimi Hendrix Experience e Nirvana, entre outros.
Hoje Lemmy tem 63 anos de idade e é um dos poucos veteranos do rock’n roll a quem podemos chamar de “lenda viva” sem que isso soe como clichê ou eufemismo, conforme endossa o baterista do Motörhead. “Somos amigos há muito tempo, antes mesmo de minha entrada à banda. É como uma ‘família’, com todos os prós e contras que essa palavra carrega naturalmente. A vida de Lemmy é realmente como um livro aberto e não saberia destacar qualquer aspecto de sua personalidade que possa ser desconhecido dos fãs. Ele é exatamente o mesmo animal do rock dentro ou fora do palco.”
Dee também aproveita para falar da dinâmica criativa do grupo e comenta faixas do novo disco como “Runaround Man”, “English Rose”, “Time is Right” e “The Thousand Names of God”: “Lemmy é o responsável pelas letras e temos muita confiança em seu trabalho. Ele é muito criativo e geralmente faz uso de muito sarcasmo e até mesmo maldade em suas composições. Isso às vezes não funciona no primeiro momento, mas aí damos nossa opinião e Lemmy faz os devidos ajustes”, explica.
No decorrer das décadas, o Motörhead também se notabilizou por não ser uma banda chegada a efeitos camuflados, conceitos complicados ou mesmo tentativas de se adaptar às mais novas tendências musicais. Segundo Mikkey Dee, essa é uma das principais razões para a longevidade da banda e sua influência para tantos outros artistas por todo este longo período em atividade. “Menos é mais em se tratando desta banda. Se hoje complicássemos muito nosso trabalho com aparatos de produção, isso seria ruim e indigno à história do Motörhead. É justamente a simplicidade da obra que inspira tanta gente interessante. E no que isso nos diz respeito, esse é apenas modo como nos expressamos e fazemos nosso trabalho”, avalia.
Parte de “Motörizer” foi produzida no “606 Studios”, em Los Angeles, EUA. O estúdio pertence a Dave Grohl, líder do Foo Fighters e notoriamente um grande fã da banda. Considerado um dos músicos mais simpáticos e prestativos do universo roqueiro mainstream, Grohl se notabilizou por inúmeras participações em projetos alheios (Backbeat Band, Queens of the Stone Age, Cat Power, entre outros) e eventualmente chega a oferecer seus préstimos de baterista para suas bandas prediletas, como aconteceu com o Led Zeppelin, por exemplo.
Segundo Mikkey Dee, o Motörhead chegou a pensar convidar Grohl para uma participação no disco. Mas, apesar da oportunidade e proximidade entre ambos, o encontro não aconteceu. “Certamente seria uma experiência divertida para todos nós, mas Dave estava ocupado com o Foo Fighters e cuidando de seus assuntos particulares”, comentou.
Planos de turnê sul-americana
Motörhead tem muitos fãs no Brasil e já se apresentou diversas vezes no país. A primeira foi em 1989 e um dos shows, realizado no Maracanãzinho, se tornou legendário devido a uma confusão generalizada na platéia. O show foi gravado para um programa especial da extinta Rede Manchete e exibido nacionalmente posteriormente. Desde então, o grupo retorna regularmente ao país, contando sempre com uma audiência cativa. A mais recente passagem aconteceu em 2007.
Mikkey Dee declarou que o Motörhead tem planos de voltar ao Brasil no primeiro trimestre do ano que vem. “Estamos pensando nisso e a turnê deve acontecer em fevereiro ou março de 2009. O Brasil sempre está em nossos planos, pois nós amamos o país e a América do Sul em geral. É sempre divertido quando nos apresentamos por aí”, destaca.
Como exemplo da fúria da audiência da banda em nosso continente, o músico remonta a outro episódio memorável da penúltima turnê sul-americana do grupo, ocasião em que seu público se mostrou indomável durante um show na Argentina em 2004. “Destruíram o palco e todo o nosso equipamento. Nosso público simplesmente queria mais de nós naquela apresentação e na ocasião, particularmente, não pudemos suprir às expectativas daquele show em particular. Mas isso não é algo que se espere de uma banda como o Motörhead, então hoje é apenas mais um incidente em nossa história --mesmo porque já voltamos para a América do Sul na turnê seguinte e foi uma ótima experiência”.
Documentário
Um documentário sobre a vida do líder do Motörhead está sendo finalizado, com previsão de lançamento para 2009. "Lemmy: The Movie" conta a história de Lemmy Killminster desde os anos 60 até os dias de hoje e inclui entrevistas com integrantes do Motörhead, colegas e fãs como Slash, Dave Grohl, Mick Jones (The Clash), Alice Cooper, Steve Vai e o superstar de luta livre Triple H, entre outros.
Dirigido por Greg Olliver e Wes Orshoski, o filme foi registrado em alta definição e Super 16mm, mas não é um projeto da banda. Segundo Mikkey Dee, o trio apenas liberou acesso da equipe de filmagem aos bastidores das turnês do Motörhead durante dois anos. "Não conhecemos os caras e particularmente não temos muito a adiantar sobre este trabalho. Os caras da equipe de filmagem simplesmente nos seguiram em nossas turnês pelo mundo e, do pouco que sei, o filme está 90% pronto", conta;
Um acordo de distribuição ainda não foi assinado, mas um vídeo promocional pode ser visto na no site oficial do documentário. O trailler contém imagens da banda em cena e alguns segmentos em que Lemmy Kilmister testa alguns amplificadores de baixo em volumes ensurdecedores e conta piadas impróprias para menores.
Antes de formar o Motörhead, Lemmy foi roadie de Jimi Hendrix e tocou no Hawkwind no início dos anos 70. Foi recrutado para exercer a discreta função de baixista do grupo britânico de art rock por apenas seis meses, mas acabou conquistando espaço na dinâmica criativa do Hawkwind, grupo que integrou por dois anos e com quem participou do processo criativo de temas dos discos “In Search of Space” (1971), “Doremi Fasol Latido” (1972), “Space Ritual” (1973), “In the Hall of the Mountain Grill” (1974) e “Warrior on the Edge of Time” (1975). Devido a problemas com a lei, foi expulso do grupo e batizou sua nova banda com o nome de uma composição sua para o Hawkwind: “Motorhead”.
Gostei bastante do “Motörizer”. A minha opinião é essa desde que o disco foi liberado para audição na Internet, no blog do “Headbangers Ball” da MTV norte-americana. Além do mais, os shows da banda costumam ser sempre muito bons, pois o Motörhead é uma banda clássica e influenciou muita gente fodona do rock’n roll.
Motörhead dá aula de rock’n roll pesado em seu 17º álbum de inéditas; leia entrevista
MARCUS MARÇAL
Da Redação
“Motörizer”, o novo álbum do grupo britânico Motörhead, é uma aula de rock’n roll básico. Em seu 17º disco de inéditas, a banda dá uma roupagem atual ao som pesado com o qual se notabilizou em álbuns clássicos como “Overkill” (1979), “Bomber” (1979), “Ace of Spades” (1980) e “Iron Fist” (1982), entre outros.
Junto ao Ramones e os Stooges, o Motörhead é um dos melhores exemplos de como o rock’n roll pode soar poderoso com poucos acordes e muitos decibéis. E, embora seja uma banda com décadas de estrada marcadas por excessos de todo tipo, o Motörhead ainda impressiona pelo vigor de seu repertório novo, uma constante em seus 33 anos de existência.
De Columbus, Ohio (EUA), o baterista Mikkey Dee falou ao UOL sobre o novo disco e os planos do grupo. Junto aos álbuns “Inferno” (2004) e “Kiss of Death” (2006), “Motorizer”’ retrata de forma adequada o que o Motörhead representa atualmente, conforme destacou o músico. “Nossos três últimos discos de estúdio salientam a versatilidade de nossa música, dentro do que se espera da banda. Não é fácil manter o padrão de qualidade com o qual o Motörhead se notabilizou, mas não é algo que pensemos muito a respeito. Simplesmente escrevemos nosso material novo e considero que estamos à altura do que se espera da banda e sua história”, avalia.
“Motörizer” contém onze faixas distribuídas em aproximadamente 40 minutos, com variedade musical suficiente para representar diferentes facetas do Motörhead --do punk ao metal, com destaque para as nuances de hard rock e blues. Por essa razão, o baterista opta por destacar o disco como um todo, a despeito de predileções pessoais ou maior apelo comercial de “músicas de trabalho” e outros procedimentos protocolares da indústria fonográfica.
“Acho que não seria válido destacarmos qualquer tema do disco em especial, pois ele é suficientemente variado dentro das referências com as quais a banda se popularizou. E ‘Motörizer’ tem todo tipo de música --desde canções lentas, rápidas ou mesmo gêneros variados. No entanto, é a mistura desses elementos característicos de nossa história que faz este álbum o melhor retrato do que o Motörhead é hoje em dia”, destaca.
Veteranos do rock pesado
Desde sua criação em 1975, a banda é capitaneada por Lemmy Kilminster (baixo e voz) e foi a primeira a misturar heavy metal e punk rock, até então estilos antagônicos. Uma das figuras mais legendárias da história do rock’n roll, o baixista é também a alma do Motörhead. Na ativa desde 1992, a atual formação da banda também conta com Phillip Campbell (guitarra), além de Mikkey Dee. Eles compõem um trio básico de rock, como preza a tradição do gênero e a história de bandas como Cream, Jimi Hendrix Experience e Nirvana, entre outros.
Hoje Lemmy tem 63 anos de idade e é um dos poucos veteranos do rock’n roll a quem podemos chamar de “lenda viva” sem que isso soe como clichê ou eufemismo, conforme endossa o baterista do Motörhead. “Somos amigos há muito tempo, antes mesmo de minha entrada à banda. É como uma ‘família’, com todos os prós e contras que essa palavra carrega naturalmente. A vida de Lemmy é realmente como um livro aberto e não saberia destacar qualquer aspecto de sua personalidade que possa ser desconhecido dos fãs. Ele é exatamente o mesmo animal do rock dentro ou fora do palco.”
Dee também aproveita para falar da dinâmica criativa do grupo e comenta faixas do novo disco como “Runaround Man”, “English Rose”, “Time is Right” e “The Thousand Names of God”: “Lemmy é o responsável pelas letras e temos muita confiança em seu trabalho. Ele é muito criativo e geralmente faz uso de muito sarcasmo e até mesmo maldade em suas composições. Isso às vezes não funciona no primeiro momento, mas aí damos nossa opinião e Lemmy faz os devidos ajustes”, explica.
No decorrer das décadas, o Motörhead também se notabilizou por não ser uma banda chegada a efeitos camuflados, conceitos complicados ou mesmo tentativas de se adaptar às mais novas tendências musicais. Segundo Mikkey Dee, essa é uma das principais razões para a longevidade da banda e sua influência para tantos outros artistas por todo este longo período em atividade. “Menos é mais em se tratando desta banda. Se hoje complicássemos muito nosso trabalho com aparatos de produção, isso seria ruim e indigno à história do Motörhead. É justamente a simplicidade da obra que inspira tanta gente interessante. E no que isso nos diz respeito, esse é apenas modo como nos expressamos e fazemos nosso trabalho”, avalia.
Parte de “Motörizer” foi produzida no “606 Studios”, em Los Angeles, EUA. O estúdio pertence a Dave Grohl, líder do Foo Fighters e notoriamente um grande fã da banda. Considerado um dos músicos mais simpáticos e prestativos do universo roqueiro mainstream, Grohl se notabilizou por inúmeras participações em projetos alheios (Backbeat Band, Queens of the Stone Age, Cat Power, entre outros) e eventualmente chega a oferecer seus préstimos de baterista para suas bandas prediletas, como aconteceu com o Led Zeppelin, por exemplo.
Segundo Mikkey Dee, o Motörhead chegou a pensar convidar Grohl para uma participação no disco. Mas, apesar da oportunidade e proximidade entre ambos, o encontro não aconteceu. “Certamente seria uma experiência divertida para todos nós, mas Dave estava ocupado com o Foo Fighters e cuidando de seus assuntos particulares”, comentou.
Planos de turnê sul-americana
Motörhead tem muitos fãs no Brasil e já se apresentou diversas vezes no país. A primeira foi em 1989 e um dos shows, realizado no Maracanãzinho, se tornou legendário devido a uma confusão generalizada na platéia. O show foi gravado para um programa especial da extinta Rede Manchete e exibido nacionalmente posteriormente. Desde então, o grupo retorna regularmente ao país, contando sempre com uma audiência cativa. A mais recente passagem aconteceu em 2007.
Mikkey Dee declarou que o Motörhead tem planos de voltar ao Brasil no primeiro trimestre do ano que vem. “Estamos pensando nisso e a turnê deve acontecer em fevereiro ou março de 2009. O Brasil sempre está em nossos planos, pois nós amamos o país e a América do Sul em geral. É sempre divertido quando nos apresentamos por aí”, destaca.
Como exemplo da fúria da audiência da banda em nosso continente, o músico remonta a outro episódio memorável da penúltima turnê sul-americana do grupo, ocasião em que seu público se mostrou indomável durante um show na Argentina em 2004. “Destruíram o palco e todo o nosso equipamento. Nosso público simplesmente queria mais de nós naquela apresentação e na ocasião, particularmente, não pudemos suprir às expectativas daquele show em particular. Mas isso não é algo que se espere de uma banda como o Motörhead, então hoje é apenas mais um incidente em nossa história --mesmo porque já voltamos para a América do Sul na turnê seguinte e foi uma ótima experiência”.
Documentário
Um documentário sobre a vida do líder do Motörhead está sendo finalizado, com previsão de lançamento para 2009. "Lemmy: The Movie" conta a história de Lemmy Killminster desde os anos 60 até os dias de hoje e inclui entrevistas com integrantes do Motörhead, colegas e fãs como Slash, Dave Grohl, Mick Jones (The Clash), Alice Cooper, Steve Vai e o superstar de luta livre Triple H, entre outros.
Dirigido por Greg Olliver e Wes Orshoski, o filme foi registrado em alta definição e Super 16mm, mas não é um projeto da banda. Segundo Mikkey Dee, o trio apenas liberou acesso da equipe de filmagem aos bastidores das turnês do Motörhead durante dois anos. "Não conhecemos os caras e particularmente não temos muito a adiantar sobre este trabalho. Os caras da equipe de filmagem simplesmente nos seguiram em nossas turnês pelo mundo e, do pouco que sei, o filme está 90% pronto", conta;
Um acordo de distribuição ainda não foi assinado, mas um vídeo promocional pode ser visto na no site oficial do documentário. O trailler contém imagens da banda em cena e alguns segmentos em que Lemmy Kilmister testa alguns amplificadores de baixo em volumes ensurdecedores e conta piadas impróprias para menores.
Antes de formar o Motörhead, Lemmy foi roadie de Jimi Hendrix e tocou no Hawkwind no início dos anos 70. Foi recrutado para exercer a discreta função de baixista do grupo britânico de art rock por apenas seis meses, mas acabou conquistando espaço na dinâmica criativa do Hawkwind, grupo que integrou por dois anos e com quem participou do processo criativo de temas dos discos “In Search of Space” (1971), “Doremi Fasol Latido” (1972), “Space Ritual” (1973), “In the Hall of the Mountain Grill” (1974) e “Warrior on the Edge of Time” (1975). Devido a problemas com a lei, foi expulso do grupo e batizou sua nova banda com o nome de uma composição sua para o Hawkwind: “Motorhead”.
Contatos pelo email marcus.marcal@uol.com.br
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