O SOM DA MÚSICA: ENTREVISTÃO XXXIII: Cansei de Ser Sexy lança o álbum "Donkey" gratuitamente na Internet; leia entrevista

Friday, October 24, 2008

ENTREVISTÃO XXXIII: Cansei de Ser Sexy lança o álbum "Donkey" gratuitamente na Internet; leia entrevista

15/07/2008 - 17h53
MARCUS MARÇAL
http://musica.uol.com.br/ultnot/2008/07/15/ult89u9366.jhtm

"Donkey", o segundo disco da banda Cansei de Ser Sexy chega às lojas brasileiras em 25 de julho e poderá ser baixado gratuitamente no mesmo dia no site do Álbum Virtual, projeto da gravadora Trama, que lançou o primeiro álbum da banda. Os internautas poderão baixar o disco por tempo limitado, com encarte e capa inclusive.

Criado em 2003 em São Paulo, o CSS é a banda brasileira de maior notoriedade no exterior atualmente. O grupo é composto por Adriano Cintra (baixo e voz), Carolina Parra (guitarra, teclado e vocais de apoio), Lovefoxxx (voz), Luiza Sá (guitarra, cowbell e teclado) e Ana Rezende (teclado e guitarra) e faz pop-rock com boas melodias.

Em entrevista realizada nesta terça-feira (15), Ana Resende falou ao UOL, de Londres, sobre o lançamento do grupo. "A Trama lançou nosso primeiro disco em 2005 e temos uma relação muito boa com o selo. Mas o lançamento de 'Donkey' pelo álbum virtual foi um acordo da Trama com a Sub Pop, responsável pelo lançamento do disco (no mercado internacional). A parte burocrática desses trâmites vai além de nossa vontade, mas foi desejo nosso lançarmos o disco dessa forma aí no Brasil", declarou.

"Donkey", em português, quer dizer "burro" e reflete o estado de espírito do quinteto desde a repercussão de seu trabalho no exterior, marcado pela jornada cansativa de turnê por diferentes países e o desligamento litigioso do ex-empresário. Mas a tensão na dinâmica interna provocou bom resultados no novo álbum, que tem boa orientação roqueira.

Segundo a guitarrista, o título não é um ataque direto ao ex-empresário, ao contrário do noticiado em publicações estrangeiras. Mas parte das letras se refere às turbulências pelas quais o grupo passou durante o período. "Não daríamos tanta importância assim a ele. O nome do disco é uma brincadeira nossa com uma amiga de Londres que tem o hábito de traduzir expressões idiomáticas do português diretamente para o inglês. Mas é o tipo de nome que todo mundo pode entender da forma que quiser. O disco reflete nosso estado de espírito nesse período, mas já superamos tudo e continuamos mais unidos depois de tudo o que passamos", declarou

Antes da gravação de "Donkey", o Cansei de Ser Sexy também sofreu baixa com a saída da baixista Ira Trevisan, que decidiu se dedicar à moda. O grupo se rearranjou internamente: recrutou o baterista Jon Harper para os shows e Adriano assumiu o posto da baixista. A guitarrista fala das mudanças na formação do grupo. "A saída de Ira foi tranqüila. A decisão já havia sido tomada há muito tempo, mas estávamos em turnê e seria difícil fazer as devidas mudanças no meio da excursão. Jon se adaptou ao nosso som, mas é apenas um músico contratado. Não chegou a gravar o disco conosco", disse.

O apelo pop e eletrônico de sua estréia homônima em disco (2005) também dá as caras em "Donkey" e Rezende destaca as diferenças entre os dois trabalhos. "Hoje nossas letras estão mais pessoais do que em nosso primeiro disco e isso pode soar mais sério para alguns. Mas nossa música continua divertida, pois isso faz parte de nossa natureza. No entanto, é um trabalho bastante diferente. Não poderíamos nos repetir, afinal vivemos momentos distintos na elaboração dos dois discos", disse.

"Donkey" é fiel ao som do CSS ao vivo
Rezende afirmou que o primeiro disco CSS tem maior inclinação eletrônica e é mais um experimento de estúdio, pois o grupo não achava que poderia apresentá-lo devidamente em razão da "deficiência de infra-estrutura das casas de pequeno porte para shows de rock no Brasil". A pegada roqueira do CSS surgiu naturalmente com a adaptação do repertório do disco para os shows. E essa sonoridade é mais próxima do material de "Donkey", trabalho concebido para ser apresentado ao vivo.

CSS teve uma rápida ascensão no cenário musical. Apesar da limitação de seus músicos em seus devidos instrumentos no início de carreira, seus shows causaram burburinho na cena paulistana, o que rendeu convite para uma apresentação no Tim Festival em 2004 --época em que a banda virou coisa séria para seus integrantes, segundo a guitarrista.

Ana Rezende dá seu parecer sobre a boa repercussão internacional que a banda desfruta atualmente. "Nossa música fala por si, apesar de o hype criado em torno de nós ter sugerido o contrário. Aqui também rola o boca-a-boca, as músicas tocam no rádio, mas isso acontece devido a fatores artísticos. Sempre demos atenção especial aos nossos shows, as músicas são boas e ficamos dois anos tocando. Aconteceu porque nos dedicamos a fazer as coisas. Temos um senso de humor, mas nos levamos a sério e nos estruturamos como banda desde nossa apresentação no Tim Festival", avalia.

A associação do CSS com a gravadora Sub Pop em 2006 assegurou as conquistas do CSS no exterior. O selo lançou bandas clássicas do cenário roqueiro como Nirvana, Mudhoney e Smashing Pumpkins, entre outras, embora hoje não desfrute da independência plena desde sua afiliação a Warner Music.

Ana Rezende destaca as vantagens obtidas com o contrato com a Sub Pop. "Gostamos de trabalhar com o selo, pois eles respeitam as vontades da banda e não interferem no trabalho de seus contratados. Sempre trabalhamos sozinhos e eles nunca foram ao estúdio ver como trabalhávamos, tanto é que enviamos o disco finalizado ao selo. Há um ambiente muito bom, pois respeitam o espaço criativo das bandas. Acho que não existe hoje selo relevante que não seja subsidiário, pois a Warner, Sony/BMG e Emi dominam o mercado. Mas a Sub Pop ainda anda pelas próprias pernas, pois seus donos detêm 51% do selo e por isso ainda hoje lança bandas que vendem apenas 100 discos, por exemplo. Não somos uma mega banda, nosso perfil é o que chamam de alternativo, mas o bom de estar na Europa é podermos viver de música. Nunca imaginamos que faríamos turnês em lugares tão legais", concluiu.

Contatos pelo email marcus.marcal@uol.com.br

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