O SOM DA MÚSICA: ENTREVISTÃO XXVII: Grupo norte-americano Suicidal Tendencies toca em SP neste sábado

Friday, October 24, 2008

ENTREVISTÃO XXVII: Grupo norte-americano Suicidal Tendencies toca em SP neste sábado

16/05/2008 - 18h57
MARCUS MARÇAL
http://musica.uol.com.br/ultnot/2008/05/16/ult89u9061.jhtm

Um dos principais representantes da mistura entre hardcore e metal do início dos anos 80, o grupo norte-americano Suicidal Tendencies se apresenta neste sábado (17) no Maquinaria Rock Fest, em São Paulo -- após ter tocado em festa fechada na capital paulista na última quarta-feira (14).

O guitarrista Mike Clark falou ao UOL nesta sexta-feira (16), em São Paulo, sobre a expectativa da banda para este show. "Esperamos ficar ensandecidos em cima do palco. Fizemos uma apresentação surpresa há alguns dias e o lugar praticamente explodiu --o que é uma boa indicação. Tocaremos bastante material de nossos discos, pois gostamos de ver o entusiasmo estampado nas faces de nosso público, além dos fãs subindo no palco como se estivessem prontos para o ataque", declarou.

A despeito das diferentes formações ao longo das décadas, o Suicidal Tendencies ainda hoje consegue empreender no palco performances dignas de seus momentos mais luminosos. Além do guitarrista, a atual formação da banda conta com Mike Muir (voz), Dean Pleasants (guitarra), Ron Brunner Jr. (bateria) e Steve Brunner (baixo).

O Suicidal Tendencies chegou a inaugurar uma espécie de segmento dentro do próprio gênero: o skate punk, devido à temática voltada ao esporte. O estilo inspirou até mesmo trabalhos de expoentes do rock nacional noventista como Raimundos e Charlie Brown. Jr., entre outros. A banda lançou álbuns clássicos como a estréia epônima em 1983 e "Join the Army" (1987), dos temas "Institutionalized" e "Possessed to Skate", respectivamente. Com o passar dos anos, aprimorou sua música tecnicamente, sem perder a crueza dos primórdios --sonoridade que se consolidou no álbum "How Will I Laugh Tomorrow When I Can't Even Smile Today" (1988).

Mike Muir se notabilizou por um discurso direto em suas letras, repletas de palavrões e marcadas pela violência e controvérsia, com linguajar tipicamente californiano --ao ponto de a banda ser banida de Los Angeles no início da década de 90, acusada de afiliação com gangues locais.

O guitarrista comenta a repercussão de seus temas polêmicos. "Os conservadores gostam de apontar o dedo na sua cara, julgando os outros e apontando seus defeitos, mas são justamente os que mais fazem coisas erradas. Desperdiçam seu dinheiro com bobagens, botam pessoas na cadeia sem motivo e falam muita besteira, então nossa postura é mandar essas pessoas se danarem. Mesmo porque já nos odeiam suficientemente apenas por causa de nosso nome", reclamou.

No Brasil, o Suicidal Tendencies obteve maior repercussão na esteira do hype de funk metal noventista, com o álbum "Lights... Camera... Revolution" (1990), e também com o projeto paralelo Infectuous Grooves, de Muir e do ex-baixista Robert Trujillo, hoje no Metallica. Este trabalho também influenciou o som do ST, que aumentou as dosagens de experimentalismos em sua música com o álbum "The Art of Rebellion" (1992).

Trujillo foi um dos principais responsáveis pela tendência experimental de seu som e Clark remonta o período em que o ex-baixista fazia parte do grupo. "A época em que Robert tocou conosco foi incrível e ele é como um irmão nosso, sempre no maior alto astral. Ele foi tocar com outros artistas e bandas no período em que demos uma pausa em nossas atividades."

Após a fase experimental, o grupo lançou "Prime Cuts: The Best of Suicidal Tendencies" (1997), compilação de seus temas clássicos, e voltou a fazer um som mais cru em seus álbuns posteriores.

O mais recente trabalho de inéditas do Suicidal Tendencies é "Friends & Family, Vol. 2", lançado em 2001. Apesar do longo hiato, Clark fala da perspectiva um futuro lançamento do grupo com músicas novas. "Já gravamos um álbum novo e pretendemos lançá-lo no final do ano. Ainda não decidimos o nome do disco, pois temos várias opções", pontuou.

Em se tratando de o Suicidal Tendencies ser uma referência do hardcore, o músico dá seu conselho às novas bandas. "As pessoas devem ser elas mesmas, encontrar seu próprio caminho e acreditar nas coisas que fazem de maneira original, pois esta é a única forma de as pessoas colocarem fé em suas ações", ressaltou.

Ao ser indagado sobre as vertentes mais recentes do hardcore no mainstream, Mike Clark deu seu parecer sobre o emocore. "É um tipo de música que não me diz nada, mas não vou mandar essas pessoas se danarem também, pois acredito que as pessoas devam fazer aquilo que quiserem e você pode apreciar ou não. Até aprecio a parte instrumental, mas não digo o mesmo sobre as partes vocais".

MAQUINARIA ROCK FEST
Quando: Dias 17 e 18/05, a partir de 13h
Quanto: De R$ 100 a R$ 120
Onde: Espaço das Américas - r. Tagipuru, 795, Barra Funda, São Paulo
Informações: 0/xx/11/3829-4899

Veja a escalação completa e atualizada do festival:
17/05, a partir de 13h
- Tristania (Noruega)
- Muscaria (Equador)
- Biohazard (EUA)
- Sayowa (BR)
- Suicidal Tendecies (EUA)
- Matanza (BR)
- Sepultura (BR)
- Embrioma (BR)
- Misfits (EUA)
- Motorocker (BR)
- RDP (BR)
- Threat (BR)
- Korzus
- Suns turns Black (BR)

18/05, a partir de 13h
- End of an Era (EUA)
- CPM 22 (BR)
- Fake Number (BR)
- MxPx (EUA)
- Gloria (BR)
- Suicide City (EUA)
- Envydust (BR)
- Massacration (BR)
- Voiced (BR)
- Granada (BR)
- Rock Rocket (BR)
- Forgotten Boys (BR)
- Lotus (BR)
- Dance of Days (BR)
- Hevo 84 (BR)
- Corbe (BR)

Contatos pelo email marcus.marcal@uol.com.br


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