O SOM DA MÚSICA: ENTREVISTÃO XXII: Whitesnake traz ao Brasil a turnê de "Good to Be Bad", primeiro álbum de inéditas em 11 anos

Friday, October 24, 2008

ENTREVISTÃO XXII: Whitesnake traz ao Brasil a turnê de "Good to Be Bad", primeiro álbum de inéditas em 11 anos

22/04/2008 - 13h49
MARCUS MARÇAL
http://musica.uol.com.br/ultnot/2008/04/22/ult89u8950.jhtm

O grupo britânico de rock pesado Whitesnake volta ao Brasil em maio para promover seu novo álbum: "Good To Be Bad" (2008), o primeiro de inéditas em 11 anos, desde "Restless Heart" (1997). Nesta quarta excursão pelo país, a banda formada em 1978 por David Coverdale, ex-cantor do Deep Purple, se apresenta em Manaus (3), Belo Horizonte (06), Rio de Janeiro (07), São Paulo (09), Curitiba (10) e Porto Alegre (11).

Desde o início, a música do Whitesnake notabilizou-se pela mistura de rock pesado e e r&b. Coverdale é o único remanescente do grupo original e já foi acompanhado por inúmeras formações, com as quais gravou álbuns importantes da discoteca básica do rock pesado como "Lovehunter" (1979) e "Ready An' Willing" (1980), "Come an' Get It" (1981) e "Slide it In" (1984), entre outros.

Seu principal parceiro na atual encarnação do grupo é o guitarrista Doug Aldrich. Junto ao líder, o músico é também responsável pela identidade sonora do Whitesnake hoje e, em entrevista ao UOL, Aldrich falou sobre a excursão brasileira e temas relacionados a "Good To be Bad".

O guitarrista deu uma pista do que o grupo apresentará no Brasil desta vez. "Vamos tocar algumas canções do novo álbum, mas também alguns clássicos que nossos fãs esperam ouvir -- além de provavelmente improvisarmos algumas coisas que nunca apresentamos antes. David ama o Brasil e dou uma dica: ele adora quando a audiência interage conosco", declarou.

De acordo com Aldrich, no que depender da resposta da audiência brasileira, a atual passagem pelo país tende a ser tão memorável quanto às incursões anteriores do grupo -- a última em 2005, em turnê junto ao Judas Priest. O guitarrista endossa o ponto-de-vista sobre a interação do público brasileiro. "Vocês são insanos, barulhentos e muito amigáveis. Antes de eu acompanhar a banda ao país em 2005, David já falava sobre o quão incrível eram nossos fãs daí. E foi uma experiência muito boa excursionarmos pelo país naquela ocasião."

A interação entre a platéia local e o grupo remonta a 1985, época em que o Whitesnake se apresentou no país pela primeira vez, no festival Rock In Rio. O grupo substituiu de última hora o Def Leppard e fez uma apresentação memorável, tornando-se grande influência para uma geração de músicos do segmento de rock pesado no país. Aldrich ainda não fazia parte da banda na época, mas tem noção do quanto o evento foi importante para a popularidade do Whitesnake entre os brasileiros até hoje. "Já assisti na Internet a trechos do show do grupo no Rock In Rio e realmente foi incrível. Que grande noite deve ter sido aquela! Era uma multidão muito grande e sei que todos na banda estavam muito nervosos", comentou.

Essência preservada
Além de Coverdale e Aldrich, integram a atual formação do Whitesnake os músicos Reb Beach (guitarra), Uriah Duffy (baixo), Timothy Drury (teclados) e Chris Frazier (bateria). Segundo o guitarrista, a essência do Whitesnake clássico foi preservada em "Good To Be Bad", apesar do entra-e-sai de músicos. "Em se tratando de uma banda com história como a nossa, é muito difícil agradar a todos. Então o mais importante é você satisfazer a si próprio, e nossa música apresenta diferentes tipos de ânimo e sonoridades. Demonstramos respeito ao velho Whitesnake, mas equilibramos o blues e agressividade de diferentes formações da banda com riffs contemporâneos e modernidade na produção", destacou.

"Good To Be Bad" revisita a faceta pesada de blues dos primórdios da banda em temas como "Best Years" e "A Fool in Love", dialoga com referências contemporâneas do hard rock em "Can You Hear the Wind Blow" e "Call on Me", mas também apresenta baladas, como a predominantemente acústica "'Till The End of Time" e "All I Want All I Need" - essa última na linha de "Is This Love", de seu álbum epônimo (1987) e um dos grandes sucessos da banda.

No novo álbum, o Whitesnake retoma a criatividade de que carecia em seus mais recentes lançamentos. Aldrich falou de sua elaboração e destacou sua importância para a discografia da banda. "'Good to Be Bad' foi apenas o nosso próximo passo, mas foi muito legal elaborá-lo. Não tentávamos mudar nosso som ou fazer um álbum que fosse melhor ou pior do que éramos. Apenas tentamos escrever canções que gostássemos e com as quais nos divertíssemos. Foi importante esquecermos todas as nossas músicas antigas, a fim de expressarmos devidamente o que se passava em nossos corações. Com isso em mente, David e eu nos reunimos e, com violões, começamos a trabalhar em rascunhos de canções. E foi muito bacana ouvir este material ser aprimorado até finalmente termos sete ou oito canções e decidirmos que tínhamos praticamente um álbum em nossas mãos."

O guitarrista explicou que a atual formação motivou-se a colocar sua própria estampa no som da banda, mantendo respeito em relação ao Whitesnake clássico. "Acho que esta é uma formação muito significativa para a história do grupo e fizemos o novo álbum como se estivéssemos famintos por música. Estávamos muito animados para gravar 'Good to Be Bad' e esperançosos de que as pessoas percebam isso ao ouvi-lo. David é realmente o coração e alma do conjunto -- não importa quem esteja tocando, se ele está envolvido no processo de composição, então sempre vai soar como o Whitesnake. Mas acho que essa formação é bastante forte e já adicionamos nossa contribuição ao som do grupo", disse.

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