ENTREVISTÃO XXI: "Temos bons amigos no Brasil e faremos uma grande festa", diz baixista do Helloween
16/04/2008 - 15h38
MARCUS MARÇAL
http://musica.uol.com.br/ultnot/2008/04/16/ult89u8931.jhtm
A banda alemã de heavy metal melódico Helloween volta ao Brasil para promover seu mais recente álbum de inéditas "Gambling With the Devil" (2007). O grupo fez show na terça-feira (15) em Curitiba e segue em turnê para o Rio de Janeiro (17), Belo Horizonte (18), São Paulo (20), Porto Alegre (22), Manaus (24), Fortaleza (26) e Recife (27).
O Helloween é formado atualmente por Michael Weikath (guitarra), Markus Grosskopf (baixo), Andi Deris (voz), Sascha Gerstner (guitarra) e Dani Löble (bateria). De Curitiba, o baixista Markus Grosskopf falou ao UOL sobre o que o grupo apresenta na atual excursão pelo país. "Temos bons amigos aqui e faremos uma grande festa. O repertório mistura material de nossos 13 álbuns e adianto que não é fácil selecionar os números que iremos apresentar. É uma bagunça quando conversamos a esse respeito durante os ensaios, pois temos muitas músicas para tocar e nunca poderíamos satisfazer a todos. O mais importante é apresentarmos um repertório diferente da turnê anterior", antecipa.
A primeira vinda do Helloween ao país foi durante a turnê do álbum "The Time of the Oath" (1996). Desde então, o grupo voltou em outras ocasiões, como em 2001, 2003 e 2006. "É legal voltarmos sempre, pois nossos fãs não nos esquecem. Além de muito gratos, eles são bastante emocionais e isso é o que mais gosto quando tocamos por aqui. Nosso público é formado por pessoas muito bacanas que retornam aos nossos shows e isso também faz com que sempre voltemos", avalia.
Grosskopf também falou da importância de "Gambling With the Devil" na discografia do Helloween. "Cada um de nossos álbuns é diferente, pois representa uma pequena parte do que somos. Nós colocamos nossos corações em cada um deles, por meio de nossos pensamentos e emoções. De modo geral, o conceito do álbum novo aborda todo tipo de jogo. É sobre você apostar no bem ou no mal, questões presentes em todo canto, pois todos nós temos o poder de escolher por qual destes caminhos seguiremos", explica o baixista.
Na atual turnê pela América do Sul, a banda excursiona com o Gamma Ray, grupo liderado por Kai Hansen, ex-integrante do Helloween. Markus comentou sobre as primeiras participações do ex-companheiro de Helloween desde sua saída em 1989. "Hansen já se juntou a nós no palco por algumas vezes e tem sido muito legal. Para nós, é bastante confortável. Já nos reunimos em alguns festivais europeus, então agora não é nada novo para nós. Além disso, vivemos em Hamburgo e freqüentamos os mesmos bares para bebermos cerveja eventualmente. É bacana ter o Gamma Ray excursionando conosco! Começamos com uma turnê de aproximadamente oito semanas pela Europa, depois seguimos para Ásia e agora estamos na América do Sul. Tudo corre bem, estamos bastante acostumados uns com os outros, pois passamos bastante tempo juntos", declarou.
Em se tratando de o Helloween ser um dos principais nomes da vertente melódica do heavy metal, responsável por uma renovação da popularidade do gênero a partir do final dos anos 90, o baixista Markus Grosskopf fala da contribuição do grupo para a evolução do estilo. "Nós criamos e desenvolvemos nosso próprio som, pois não tentamos copiar outras bandas. É importante encontrar uma própria identidade que se ajuste à sua música, seu caráter ou à mensagem que se queira transmitir --e não é uma tarefa fácil chegar a esse ponto", explicou.
O músico também falou sobre os álbuns mais importantes do Helloween para a linhagem melódica do heavy metal. "Isso é algo bem difícil de avaliar, mas as duas partes de 'Keeper of the Seven Keys' (1987 e 1988) são obviamente muito importantes. E também não poderia deixar de mencionar trabalhos como 'Walls of Jericho' (1986), o mini-LP homônimo (1985) e 'Masters of the Rings' (1994). Este último é muito importante, pois registra nossos primeiros capítulos após termos passado por muitos problemas internamente. Gravar um disco como esse depois das turbulências que passamos na época foi uma forma notável de voltarmos à nossa jornada".
Já as predileções musicais de Grosskopf não se restringem a excelência técnica do heavy metal, com destaque para material de outros subgêneros de som pesado, conforme declarou. "Sou grande fã do Testament. É brilhante o que Chuck Billy e seus músicos fizeram em seu último álbum, "The Formation of Damnation" (2008). Mas ainda gosto muito de punk rock e de bandas como Sex Pistols e The Ramones, o que é um som bem diferente do que fazemos. Atualmente, um de meus discos preferidos é "Figure Number Five" (2003), da banda Soilwork, mas também gosto do novo álbum do Nightwish. E posso dizer que aprecio muitos estilos musicais diferentes, apesar de achar que nosso tipo de som é o que sei fazer de melhor".
O Helloween foi formado em 1984 e comemora 25 anos em 2009, mas a banda ainda não tem planos para comemorar a data. "Não sei ainda, talvez apareçamos por aqui novamente e eu tentarei beber 25 caipirinhas. É provável que preparemos alguma coisa, pois excursionamos muito e mal tivemos tempo para pensar nisso até o momento, mas em breve certamente falaremos a esse respeito", brinca Markus.
MARCUS MARÇAL
http://musica.uol.com.br/ultnot/2008/04/16/ult89u8931.jhtm
A banda alemã de heavy metal melódico Helloween volta ao Brasil para promover seu mais recente álbum de inéditas "Gambling With the Devil" (2007). O grupo fez show na terça-feira (15) em Curitiba e segue em turnê para o Rio de Janeiro (17), Belo Horizonte (18), São Paulo (20), Porto Alegre (22), Manaus (24), Fortaleza (26) e Recife (27).
O Helloween é formado atualmente por Michael Weikath (guitarra), Markus Grosskopf (baixo), Andi Deris (voz), Sascha Gerstner (guitarra) e Dani Löble (bateria). De Curitiba, o baixista Markus Grosskopf falou ao UOL sobre o que o grupo apresenta na atual excursão pelo país. "Temos bons amigos aqui e faremos uma grande festa. O repertório mistura material de nossos 13 álbuns e adianto que não é fácil selecionar os números que iremos apresentar. É uma bagunça quando conversamos a esse respeito durante os ensaios, pois temos muitas músicas para tocar e nunca poderíamos satisfazer a todos. O mais importante é apresentarmos um repertório diferente da turnê anterior", antecipa.
A primeira vinda do Helloween ao país foi durante a turnê do álbum "The Time of the Oath" (1996). Desde então, o grupo voltou em outras ocasiões, como em 2001, 2003 e 2006. "É legal voltarmos sempre, pois nossos fãs não nos esquecem. Além de muito gratos, eles são bastante emocionais e isso é o que mais gosto quando tocamos por aqui. Nosso público é formado por pessoas muito bacanas que retornam aos nossos shows e isso também faz com que sempre voltemos", avalia.
Grosskopf também falou da importância de "Gambling With the Devil" na discografia do Helloween. "Cada um de nossos álbuns é diferente, pois representa uma pequena parte do que somos. Nós colocamos nossos corações em cada um deles, por meio de nossos pensamentos e emoções. De modo geral, o conceito do álbum novo aborda todo tipo de jogo. É sobre você apostar no bem ou no mal, questões presentes em todo canto, pois todos nós temos o poder de escolher por qual destes caminhos seguiremos", explica o baixista.
Na atual turnê pela América do Sul, a banda excursiona com o Gamma Ray, grupo liderado por Kai Hansen, ex-integrante do Helloween. Markus comentou sobre as primeiras participações do ex-companheiro de Helloween desde sua saída em 1989. "Hansen já se juntou a nós no palco por algumas vezes e tem sido muito legal. Para nós, é bastante confortável. Já nos reunimos em alguns festivais europeus, então agora não é nada novo para nós. Além disso, vivemos em Hamburgo e freqüentamos os mesmos bares para bebermos cerveja eventualmente. É bacana ter o Gamma Ray excursionando conosco! Começamos com uma turnê de aproximadamente oito semanas pela Europa, depois seguimos para Ásia e agora estamos na América do Sul. Tudo corre bem, estamos bastante acostumados uns com os outros, pois passamos bastante tempo juntos", declarou.
Em se tratando de o Helloween ser um dos principais nomes da vertente melódica do heavy metal, responsável por uma renovação da popularidade do gênero a partir do final dos anos 90, o baixista Markus Grosskopf fala da contribuição do grupo para a evolução do estilo. "Nós criamos e desenvolvemos nosso próprio som, pois não tentamos copiar outras bandas. É importante encontrar uma própria identidade que se ajuste à sua música, seu caráter ou à mensagem que se queira transmitir --e não é uma tarefa fácil chegar a esse ponto", explicou.
O músico também falou sobre os álbuns mais importantes do Helloween para a linhagem melódica do heavy metal. "Isso é algo bem difícil de avaliar, mas as duas partes de 'Keeper of the Seven Keys' (1987 e 1988) são obviamente muito importantes. E também não poderia deixar de mencionar trabalhos como 'Walls of Jericho' (1986), o mini-LP homônimo (1985) e 'Masters of the Rings' (1994). Este último é muito importante, pois registra nossos primeiros capítulos após termos passado por muitos problemas internamente. Gravar um disco como esse depois das turbulências que passamos na época foi uma forma notável de voltarmos à nossa jornada".
Já as predileções musicais de Grosskopf não se restringem a excelência técnica do heavy metal, com destaque para material de outros subgêneros de som pesado, conforme declarou. "Sou grande fã do Testament. É brilhante o que Chuck Billy e seus músicos fizeram em seu último álbum, "The Formation of Damnation" (2008). Mas ainda gosto muito de punk rock e de bandas como Sex Pistols e The Ramones, o que é um som bem diferente do que fazemos. Atualmente, um de meus discos preferidos é "Figure Number Five" (2003), da banda Soilwork, mas também gosto do novo álbum do Nightwish. E posso dizer que aprecio muitos estilos musicais diferentes, apesar de achar que nosso tipo de som é o que sei fazer de melhor".
O Helloween foi formado em 1984 e comemora 25 anos em 2009, mas a banda ainda não tem planos para comemorar a data. "Não sei ainda, talvez apareçamos por aqui novamente e eu tentarei beber 25 caipirinhas. É provável que preparemos alguma coisa, pois excursionamos muito e mal tivemos tempo para pensar nisso até o momento, mas em breve certamente falaremos a esse respeito", brinca Markus.
Contatos pelo email marcus.marcal@uol.com.br
posted by O SOM DA MÚSICA at
3:21 AM
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