ENTREVISTÃO XI: Funeral for a Friend apresenta música inédita em sua primeira turnê brasileira
18/03/2008 - 22h16
MARCUS MARÇAL
http://musica.uol.com.br/ultnot/2008/03/18/ult89u8730.jhtm
O grupo galês Funeral for a Friend faz sua primeira turnê pelo Brasil em abril, com shows em Porto Alegre (2), Rio de Janeiro (4), São Paulo (5) e Curitiba (6). Formada por Matt Davis (vocais), Kris Roberts (guitarra), Darran Smith (guitarra), Gareth Davies (baixo) e Ryan Richards (bateria), a banda já lançou os álbuns "Casually Dressed & Deep with Conversation" (2003), "Hours" (2005) e "Tales Don't Tell Themselves" (2007), além de uma compilação de seus primeiros EPs, "Seven Ways to Scream your Name" (2003).
O baterista Ryan Richards falou ao UOL Música sobre a excursão brasileira, direto de Chapel, na Inglaterra, no estúdio onde o FFAF grava seu quarto álbum de inéditas. O disco ainda não tem nome, mas o grupo mostrará uma prévia do novo trabalho, conforme declarou o músico. "Esta é nossa primeira turnê no país e sabemos que temos fãs brasileiros desde nossos primeiros álbuns. E apresentaremos uma seleção com o melhor que já fizemos até hoje. Talvez até toquemos uma ou duas canções de nosso novo trabalho, pois filmaremos um clipe para a canção 'Waterfront Dance Club' na turnê e será uma experiência bastante excitante para nós. Ouvimos dizer que o público brasileiro tem muita energia e acolhe muito bem as bandas, por isso nossa expectativa é grande", revela.
Seu som pode ser descrito como uma mistura de emocore e metal, mas seus integrantes têm a cabeça aberta o suficiente para se influenciarem por todo tipo de música. Seu mais recente álbum "Tales Don't Tell Themselves", produzido por Gil Norton (de Foo Fighters, Pixies, entre outros), é um álbum conceitual náutico, repleto de referências a mares, embarcações e pequenas pitadas de música pop, clássica e eletrônica. O baterista fala deste trabalho. "Foi difícil achar inspiração nos moldes de nossos álbuns anteriores. Fizemos um disco conceitual como um desafio e utilizamos diferentes instrumentos musicais. Incorporamos novos estilos e até as letras são bastante diferentes de tudo o que já fizemos. Contamos histórias, em vez de descrevermos eventos pessoais. É um álbum isolado em nossa discografia, pois o que gravamos agora também difere bastante deste em particular. É mais pesado, agressivo e técnico. Lembra a energia e instrumentação de nosso álbum de estréia", destaca.
O nome da banda ("Funeral para um Amigo", em português) provoca uma reação instantânea, pejorativamente associada à tristeza, mas a idéia principal é a de que se pode extrair algo positivo de experiências negativas. Esta postura de encarar os problemas de forma saudável também se reflete em seus temas, conforme ressalta Richards. "Há otimismo e esperança em nossas letras. Sabemos que o mundo não é perfeito e as pessoas têm seus problemas, mas tentamos propor uma transformação destas mazelas. Todos passam por períodos difíceis e conosco não é diferente. Mas somos muito honestos, não tentamos nos esconder ou fingir sermos aquilo que não somos. E este é um dos fatores para a identificação por parte de nossos fãs, pois sempre mantemos um contato muito próximo nos shows ou pela Internet", declarou.
Mas nem tudo é seriedade na história da banda. No segundo álbum, "Hours", o FFAF fez um disco sem senso de compromisso, originalmente concebido para as pessoas amarem ou odiarem, sem meio-termo. Segundo o músico, o álbum é bastante fiel a seu som ao vivo, pois captura a energia e a espontaneidade dos shows. O produtor Terry Date (de Soundgarden, Pantera, Deftones, entre outros) comandou as gravações sem auxílio de metrônomo e muitos overdubs de guitarra. "Queríamos trabalhar com alguém que soubesse gravar som pesado, mas também entendesse diferentes linguagens sonoras. Acho que não é correto você falar que nossa banda é de death metal ou simplesmente rock, pois incorporamos muitos estilos a nossa música", define.
O vigor que o FFAF busca hoje para seu novo álbum tem raízes em seus primeiros lançamentos. A banda é contemporânea de outros expoentes do rock mainstream recente, como My Chemical Romance e Simple Plan, mas Richards faz vista grossa ao rótulo emocore, ao qual a banda é freqüentemente associada e da qual seria uma resposta britânica a supremacia norte-americana no gênero. "É legal sermos associados a artistas que amadurecem junto conosco. A diferença é que somos mais influenciados por bandas britânicas como Iron Maiden, Queen, Duran Duran e Police. Temos muito orgulho de nossa herança musical e não ligo para a forma com que rotulam nossa música. É uma vergonha se alguém não nos ouve apenas por causa do rótulo, mas as pessoas são livres para tacharem nossa música daquilo que quiserem", critica.
Antes da chegada ao Brasil, o Funeral For a Friend excursiona pelo México (28) e Chile (30).
MARCUS MARÇAL
http://musica.uol.com.br/ultnot/2008/03/18/ult89u8730.jhtm
O grupo galês Funeral for a Friend faz sua primeira turnê pelo Brasil em abril, com shows em Porto Alegre (2), Rio de Janeiro (4), São Paulo (5) e Curitiba (6). Formada por Matt Davis (vocais), Kris Roberts (guitarra), Darran Smith (guitarra), Gareth Davies (baixo) e Ryan Richards (bateria), a banda já lançou os álbuns "Casually Dressed & Deep with Conversation" (2003), "Hours" (2005) e "Tales Don't Tell Themselves" (2007), além de uma compilação de seus primeiros EPs, "Seven Ways to Scream your Name" (2003).
O baterista Ryan Richards falou ao UOL Música sobre a excursão brasileira, direto de Chapel, na Inglaterra, no estúdio onde o FFAF grava seu quarto álbum de inéditas. O disco ainda não tem nome, mas o grupo mostrará uma prévia do novo trabalho, conforme declarou o músico. "Esta é nossa primeira turnê no país e sabemos que temos fãs brasileiros desde nossos primeiros álbuns. E apresentaremos uma seleção com o melhor que já fizemos até hoje. Talvez até toquemos uma ou duas canções de nosso novo trabalho, pois filmaremos um clipe para a canção 'Waterfront Dance Club' na turnê e será uma experiência bastante excitante para nós. Ouvimos dizer que o público brasileiro tem muita energia e acolhe muito bem as bandas, por isso nossa expectativa é grande", revela.
Seu som pode ser descrito como uma mistura de emocore e metal, mas seus integrantes têm a cabeça aberta o suficiente para se influenciarem por todo tipo de música. Seu mais recente álbum "Tales Don't Tell Themselves", produzido por Gil Norton (de Foo Fighters, Pixies, entre outros), é um álbum conceitual náutico, repleto de referências a mares, embarcações e pequenas pitadas de música pop, clássica e eletrônica. O baterista fala deste trabalho. "Foi difícil achar inspiração nos moldes de nossos álbuns anteriores. Fizemos um disco conceitual como um desafio e utilizamos diferentes instrumentos musicais. Incorporamos novos estilos e até as letras são bastante diferentes de tudo o que já fizemos. Contamos histórias, em vez de descrevermos eventos pessoais. É um álbum isolado em nossa discografia, pois o que gravamos agora também difere bastante deste em particular. É mais pesado, agressivo e técnico. Lembra a energia e instrumentação de nosso álbum de estréia", destaca.
O nome da banda ("Funeral para um Amigo", em português) provoca uma reação instantânea, pejorativamente associada à tristeza, mas a idéia principal é a de que se pode extrair algo positivo de experiências negativas. Esta postura de encarar os problemas de forma saudável também se reflete em seus temas, conforme ressalta Richards. "Há otimismo e esperança em nossas letras. Sabemos que o mundo não é perfeito e as pessoas têm seus problemas, mas tentamos propor uma transformação destas mazelas. Todos passam por períodos difíceis e conosco não é diferente. Mas somos muito honestos, não tentamos nos esconder ou fingir sermos aquilo que não somos. E este é um dos fatores para a identificação por parte de nossos fãs, pois sempre mantemos um contato muito próximo nos shows ou pela Internet", declarou.
Mas nem tudo é seriedade na história da banda. No segundo álbum, "Hours", o FFAF fez um disco sem senso de compromisso, originalmente concebido para as pessoas amarem ou odiarem, sem meio-termo. Segundo o músico, o álbum é bastante fiel a seu som ao vivo, pois captura a energia e a espontaneidade dos shows. O produtor Terry Date (de Soundgarden, Pantera, Deftones, entre outros) comandou as gravações sem auxílio de metrônomo e muitos overdubs de guitarra. "Queríamos trabalhar com alguém que soubesse gravar som pesado, mas também entendesse diferentes linguagens sonoras. Acho que não é correto você falar que nossa banda é de death metal ou simplesmente rock, pois incorporamos muitos estilos a nossa música", define.
O vigor que o FFAF busca hoje para seu novo álbum tem raízes em seus primeiros lançamentos. A banda é contemporânea de outros expoentes do rock mainstream recente, como My Chemical Romance e Simple Plan, mas Richards faz vista grossa ao rótulo emocore, ao qual a banda é freqüentemente associada e da qual seria uma resposta britânica a supremacia norte-americana no gênero. "É legal sermos associados a artistas que amadurecem junto conosco. A diferença é que somos mais influenciados por bandas britânicas como Iron Maiden, Queen, Duran Duran e Police. Temos muito orgulho de nossa herança musical e não ligo para a forma com que rotulam nossa música. É uma vergonha se alguém não nos ouve apenas por causa do rótulo, mas as pessoas são livres para tacharem nossa música daquilo que quiserem", critica.
Antes da chegada ao Brasil, o Funeral For a Friend excursiona pelo México (28) e Chile (30).
Contatos pelo email marcus.marcal@uol.com.br
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