O SOM DA MÚSICA: ENTREVISTÃO IX: Guitarrista do Interpol promete músicas de seus três álbuns durante turnê pelo Brasil

Friday, October 24, 2008

ENTREVISTÃO IX: Guitarrista do Interpol promete músicas de seus três álbuns durante turnê pelo Brasil

09/03/2008 - 15h16
http://musica.uol.com.br/ultnot/2008/03/09/ult89u8661.jhtm
MARCUS MARÇAL

O grupo norte-americano Interpol começa sua primeira excursão brasileira nesta semana com shows em São Paulo (11), Rio de Janeiro (13) e Belo Horizonte (15). A banda formada por Paul Banks (guitarra e voz), Daniel Kessler (guitarra e vocais de apoio), Carlos Dengler (baixo e teclados) e Sam Fogarino (bateria) promove seu mais recente álbum de inéditas, "Our Love to Admire" (2007).

Nesta terça-feira (11), a partir das 21h30, o UOL transmite, com exclusividade, o show do grupo ao vivo pela Internet, direto do Via Funchal, em São Paulo.

O guitarrista e vocalista Daniel Kessler falou de Nova York ao UOL Música sobre o roteiro dos shows. "Apresentaremos ao vivo uma seleção de temas de nossos três discos de estúdio. Não será necessariamente o material mais representativo, mas os números mais executados ao vivo atualmente. É um processo absolutamente natural, realmente não argumentamos ou pensamos sobre o que fazemos. Por isso, é difícil descrever exatamente como será esta experiência. Simplesmente agimos da forma mais sincera", declarou.

O músico até já conhece a fama do público brasileiro e fala um pouco a respeito. "Ouvi dizer que os brasileiros são uma das melhores platéias do mundo. Amigos meus de outras bandas voltaram para casa dizendo coisas bacanas, que o Brasil é um país muito bonito e vocês são muito entusiásticos. Estou muito feliz de visitar o país e tocar aí pela primeira vez, pois é lendária sua boa fama", comemora.

"Our Love to Admire" representa um ponto de interseção entre a obra pregressa e as futuras sonoridades a serem exploradas pela banda. O músico comenta o papel do álbum na discografia do grupo. "É difícil falar, pois você pode reconhecer certos elementos presentes nos dois primeiros discos, mas também exploramos novas sonoridades. Não diria que se trata do velho Interpol, mas algo familiar, pois há muitos elementos que apontam ao nosso trabalho corrente", conclui.

O Interpol também já lançou os álbuns "Turn on the Bright Lights" (2002) e "Antics" (2004). Associada ao revival pós-punk do início do milênio, a banda foi um dos nomes de destaque da época que trouxe o rock de volta ao mainstream, após o hype da e-music em meados dos anos 90. As comparações mais freqüentes resvalam em expoentes oitentistas como Joy Division e Echo & the Bunnymen, mas a sonoridade remete, involuntariamente e de forma velada, a nomes mais obscuros do período como A Certain Ratio e The Chameleons.

Kessler comenta as associações, ciente da personalidade de sua música. "Não acho que isto se aplica a nós, realmente não pensamos sobre o trabalho de outras bandas. Os integrantes do Interpol sequer apreciam o mesmo tipo de som, temos gostos muito diferentes. E o que nos tornou uma banda foi nosso interesse em comum pela música que fazemos, e não nossos gostos em particular", explica. Estas semelhanças eram mais freqüentes na época de sua estréia em disco. No segundo álbum, o Interpol tornou mais leve e acessível à sonoridade que seus fãs se acostumaram a ouvir. O guitarrista tenta distinguir os dois trabalhos. "Nunca pensei a esse respeito. Não comparo nossos trabalhos, pois não passo muito tempo ouvindo-os. Seguimos em frente e realmente não penso nestes termos: se um dos álbuns é sombrio e outro, otimista. Diria que há mais tonalidades vibrantes em 'Antics' do que no primeiro disco e talvez seja apenas sinal de aquecimento da atmosfera de nossas canções", avalia.

O Interpol foi criado em 1998 e Kessler enfatiza a evolução de seu som no decorrer de década em atividade. "O primeiro álbum é bastante fiel ao nosso som ao vivo por volta de 2001, depois aprimoramos nosso processo de composição e produção. Aprendemos muito durante as sessões de gravação e isso se refletiu posteriormente, até mesmo em 'Our Love to Admire', com a exploração de novos sons e instrumentos. Diria que este é nosso álbum mais complicado, mas é bastante representativo de nosso som hoje", justifica.

Em se tratando de uma banda em constante evolução, o guitarrista especula quanto à possibilidade de mudanças de rumos de sua música no futuro. "Não sei como será o futuro. Temos bastante liberdade para fazer o álbum que quisermos e nossa postura é aberta em relação a qualquer direção que possamos seguir. Não me importo se as pessoas vão gostar ou não. Só quero ter certeza de transmitir aquilo que desejamos dizer. Não poderia ter previsto que faríamos 'Our Love to Admire', mas escrevemos o disco e o gravamos. Assim é nossa banda: precisamos escrever as canções, para então nos certificarmos de como elas soarão. E não posso predizer como será nosso próximo álbum", tergiversa.

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