CANHOTO DE INGRESSO XXV: Em última etapa da turnê brasileira, Deep Purple festeja seus 40 anos em São Paulo
25/02/2008 - 11h47
MARCUS MARÇAL
http://musica.uol.com.br/ultnot/2008/02/25/ult89u8601.jhtm
O grupo britânico Deep Purple encerrou a turnê brasileira que comemora seus 40 anos neste domingo (24) no Credicard Hall, São Paulo. Foi a terceira etapa da excursão, que já passou pelo Rio de Janeiro (22) e Curitiba (23). O show começou pontualmente às 20h30 e, durante duas horas, os veteranos roqueiros apresentaram, na casa lotada por 7.000 pagantes, uma coleção de vários momentos de sua discografia.
"Pictures of Home", "Things I Never Said" e "Into the Fire" iniciaram o repertório que contou com vários clássicos, entremeados a material menos conhecido. Diferentemente do anunciado, o Deep Purple remanejou o roteiro da excursão de promoção do CD/DVD "Live at Montreux 2006", com algumas diferenças em relação ao apresentado na última visita ao país.
Veja trecho de "Pictures of Home" ao vivo em São Paulo:
A seqüência "Strange Kind of Woman", "Rapture of the Deep", "Mary Long", "Kiss Tomorrow Goodbye" e "Sometimes I Feel Like Screaming" não destoou, apesar de serem temas compostos entre 1971 e 2005, pois as músicas de safra recente são o melhor do Deep Purple atual. Mostram uma banda coesa, na medida exata entre a excelência no manejo de seus intrumentos e a grosseria condizente a uma das bandas que fundamentaram o rock pesado como respeitável gênero musical.
Sua atual formação, com apenas dois integrantes presentes na primeira vinda ao Brasil em 1991, é uma das melhores de sua história: Roger Glover (baixo), Ian Paice (bateria), Ian Gillan (voz), Don Airey (teclados) e Steve Morse (guitarra). Porém, nos números mais antigos, é impossível não sentir a ausência de seus legendários dissidentes: o tecladista John Lord e o guitarrista Ritchie Blackmore.
Deep Purple toca "Things I Never Said":
Apesar de musicistas renomados, seus substitutos não têm a categoria de quem criou uma "escola de rock" há mais de décadas. O teclado de Don Airey soa mais nítido do que deve, enquanto John Lord duelava com a guitarra de Blackmore pelo espaço na dinâmica do quinteto antigo. Já o guitarrista Steve Morse peca por excesso de virtuosismo, que o nivela à impessoalidade de estilo de heróis da guitarra contemporâneos como Joe Satriani, John Petrucci e outros. Vale lembrar que Blackmore consagrou-se exímio guitarrista nos anos 70, mas sempre aliou técnica e peso a um formato único de guitarra de rock.
Mas, em razão das várias visitas da banda ao país, os brasileiros já se acostumaram ao Deep Purple contemporâneo e souberam apreciar devidamente o espetáculo promovido pelos calejados roqueiros, ovacionados várias vezes no decorrer da apresentação. Para deleite dos fãs, após o número solo de Steve Morse, "Well-Dressed Guitar", os instrumentistas improvisaram com personalidade temas alheios como "Crazy Train" (Ozzy Osbourne), "Paranoid" (Black Sabbath), "Strawberry Fields Forever" (The Beatles) e "Sweet Child O'Mine" (Guns'n Roses), entre outros.
Assista a trecho de "Into The Fire" ao vivo em SP:
Além disso, "The Battle Rages On" foi um dos melhores momentos do show. Faixa-título do último trabalho da formação clássica do Deep Purple, faz a ponte entre seu passado glorioso e o trabalho vigente de uma banda cada vez mais coesa em âmbito criativo. Em "Lazy", Ian Gillan tocou harmônica e o tecladista Don Airey improvisou temas como "Aquarela do Brasil", a música-tema do filme "Guerra nas Estrelas", além de seu arranjo para "Mr. Crowley" (Ozzy Osbourne) e pequenos trechos de peças eruditas.
Versões impecáveis de "Perfect Strangers", "Space Truckin'", "Highway Star" e "Smoke on the Water" fecharam o roteiro da apresentação. Mas o quinteto ainda voltou para o bis com um interlúdio instrumental de Ian Paice, em inacreditável boa forma, para seus quase 60 anos, seguido de "Hush" e "Black Night".
Após a passagem pelo Brasil, o Deep Purple excursiona pela Argentina, Chile, Equador e Venezuela.
MARCUS MARÇAL
http://musica.uol.com.br/ultnot/2008/02/25/ult89u8601.jhtm
O grupo britânico Deep Purple encerrou a turnê brasileira que comemora seus 40 anos neste domingo (24) no Credicard Hall, São Paulo. Foi a terceira etapa da excursão, que já passou pelo Rio de Janeiro (22) e Curitiba (23). O show começou pontualmente às 20h30 e, durante duas horas, os veteranos roqueiros apresentaram, na casa lotada por 7.000 pagantes, uma coleção de vários momentos de sua discografia.
"Pictures of Home", "Things I Never Said" e "Into the Fire" iniciaram o repertório que contou com vários clássicos, entremeados a material menos conhecido. Diferentemente do anunciado, o Deep Purple remanejou o roteiro da excursão de promoção do CD/DVD "Live at Montreux 2006", com algumas diferenças em relação ao apresentado na última visita ao país.
Veja trecho de "Pictures of Home" ao vivo em São Paulo:
A seqüência "Strange Kind of Woman", "Rapture of the Deep", "Mary Long", "Kiss Tomorrow Goodbye" e "Sometimes I Feel Like Screaming" não destoou, apesar de serem temas compostos entre 1971 e 2005, pois as músicas de safra recente são o melhor do Deep Purple atual. Mostram uma banda coesa, na medida exata entre a excelência no manejo de seus intrumentos e a grosseria condizente a uma das bandas que fundamentaram o rock pesado como respeitável gênero musical.
Sua atual formação, com apenas dois integrantes presentes na primeira vinda ao Brasil em 1991, é uma das melhores de sua história: Roger Glover (baixo), Ian Paice (bateria), Ian Gillan (voz), Don Airey (teclados) e Steve Morse (guitarra). Porém, nos números mais antigos, é impossível não sentir a ausência de seus legendários dissidentes: o tecladista John Lord e o guitarrista Ritchie Blackmore.
Deep Purple toca "Things I Never Said":
Apesar de musicistas renomados, seus substitutos não têm a categoria de quem criou uma "escola de rock" há mais de décadas. O teclado de Don Airey soa mais nítido do que deve, enquanto John Lord duelava com a guitarra de Blackmore pelo espaço na dinâmica do quinteto antigo. Já o guitarrista Steve Morse peca por excesso de virtuosismo, que o nivela à impessoalidade de estilo de heróis da guitarra contemporâneos como Joe Satriani, John Petrucci e outros. Vale lembrar que Blackmore consagrou-se exímio guitarrista nos anos 70, mas sempre aliou técnica e peso a um formato único de guitarra de rock.
Mas, em razão das várias visitas da banda ao país, os brasileiros já se acostumaram ao Deep Purple contemporâneo e souberam apreciar devidamente o espetáculo promovido pelos calejados roqueiros, ovacionados várias vezes no decorrer da apresentação. Para deleite dos fãs, após o número solo de Steve Morse, "Well-Dressed Guitar", os instrumentistas improvisaram com personalidade temas alheios como "Crazy Train" (Ozzy Osbourne), "Paranoid" (Black Sabbath), "Strawberry Fields Forever" (The Beatles) e "Sweet Child O'Mine" (Guns'n Roses), entre outros.
Assista a trecho de "Into The Fire" ao vivo em SP:
Além disso, "The Battle Rages On" foi um dos melhores momentos do show. Faixa-título do último trabalho da formação clássica do Deep Purple, faz a ponte entre seu passado glorioso e o trabalho vigente de uma banda cada vez mais coesa em âmbito criativo. Em "Lazy", Ian Gillan tocou harmônica e o tecladista Don Airey improvisou temas como "Aquarela do Brasil", a música-tema do filme "Guerra nas Estrelas", além de seu arranjo para "Mr. Crowley" (Ozzy Osbourne) e pequenos trechos de peças eruditas.
Versões impecáveis de "Perfect Strangers", "Space Truckin'", "Highway Star" e "Smoke on the Water" fecharam o roteiro da apresentação. Mas o quinteto ainda voltou para o bis com um interlúdio instrumental de Ian Paice, em inacreditável boa forma, para seus quase 60 anos, seguido de "Hush" e "Black Night".
Após a passagem pelo Brasil, o Deep Purple excursiona pela Argentina, Chile, Equador e Venezuela.
Contatos pelo email marcus.marcal@uol.com.br
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