O SOM DA MÚSICA: CANHOTO DE INGRESSO XVIII: Banda inglesa The Go!Team foi destaque de festival que reuniu 6.000 pessoas em SP

Friday, October 24, 2008

CANHOTO DE INGRESSO XVIII: Banda inglesa The Go!Team foi destaque de festival que reuniu 6.000 pessoas em SP

29/06/2008 - 01h16
MARCUS MARÇAL
http://musica.uol.com.br/ultnot/2008/06/29/ult89u9287.jhtm


O show do sexteto britânico The Go!Team foi o destaque da programação do festival Motomix, realizado neste sábado (28) no parque do Ibirapuera em São Paulo. Segundo a organização, 6.000 pessoas compareceram ao evento gratuito.

O The Go!Team foi a quinta das seis atrações musicais a se apresentarem no evento. Entrou no palco pouco antes de 18h20 com a música "The Power Is On" e logo contagiou a platéia paulista com seu pop variado, com bom intercâmbio entre diferentes referências musicais e agitado rodízio de seus integrantes em diferentes instrumentos, com destaque para a performance da vocalista Ninja. Sua energia no palco chamou a atenção até do mestre-de-cerimônias Edgard Piccoli, que chegou a tachá-la como "mais brasileira do que todos os presentes", logo após a apresentação do sexteto.

Em um roteiro de aproximadamente 60 minutos, o grupo apresentou temas como "Fake ID", "Everyone's a V.I.P. to Someone" e "Titanic Vandalism", presentes nos dois álbuns da banda: "Thunder, Lightning, Strike", de 2004, e "Proof of Youth", do ano passado.

A música do grupo costura funk, rap, noise, rock e pop, material entremeado ao caos sonoro propiciado por distorções, ruídos diversos e trocas de afinações de instrumentos nos intervalos entre as canções. Os músicos fecharam o show com "Doing it Right" e "Keys to the City" e saíram do palco aclamados pela platéia paulista --que chegaria a pedir mais som do Go!Team durante a apresentação da atração principal da noite: o quarteto Metric.

Capitaneado pela tecladista e vocalista Emily Haines, o Metric faz pop dançante, com influências de rock britânico oitentista, leve acento soul e guitarras distorcidas.

O show começou às 19h45 com "Dead Disco", seguida de "The List" e "Poster of a Girl". O show de aproximadamente uma hora e quinze minutos destacou a homogeneidade entre os 13 temas apresentados pelo quarteto, com poucas variações na dinâmica do espetáculo. Exceção feita a "Handshakes", destacada por Haines como uma canção sobre arrependimento, e o disfarçado punk rock de "Monster Hospital".

No encerramento da programação musical do Motomix, Haines ainda informou aos presentes sobre o aniversário do baterista Joules Scott-Key antes de o quarteto tocar "Live It Out", último número da noite.

O trio Fujiya & Miyagi também faz pop eletrônico, mas destaca recatadas referências do krautrock em sua música. Formada por David Best (voz e guitarra), Steve Lewis (sintetizador) e Matt Hainsby (baixo), a banda abriu o show com "Ankle Injuries" e mostrou em uma seleção de 12 canções sua sonoridade suave, com bases pré-programadas ao fundo e melodias vocais quase que sussurradas por seus integrantes.

A música ficou mais encorpada a partir de "Sore Thumb", quando o baterista Adams Lee se juntou ao trio, e isso se refletiu na resposta do público, notadamente mais animado. Lee prosseguiu com os demais músicos até o final do show de aproximadamente uma hora, encerrado com "In One Ear and Out the Other" e "Electro Karaoke", com trechos que remetiam aos mantras hipnóticos do início da apresentação do trio.

A sonoridade hipnótica do grupo certamente funciona melhor em pequenos clubes do que uma arena a céu aberto como nessa apresentação.

Novos nomes brasileiros
A programação do Motomix também chamou atenção para novos nomes do cenário nacional alternativo. As bandas Venus Volts (Campinas), Stop Play Moon (São Paulo) e Nancy (Brasília) foram selecionadas dentre os mais de 900 projetos musicais enviados para a organização do Projeto Novos Sons, destinado às novidades locais.

O perfil das bandas escolhidas pela produção destaca a influência da música britânica e norte-americana, o que se evidencia no inglês ser o idioma utilizado prioritariamente pelos três grupos.

Formado por Pellê (vocais e guitarra), Dinho (baixo), Du (bateria) e Trinity (voz), o quarteto Venus Volts ficou encarregado do show de abertura e, pontualmente a partir das 15h, fez um dos shows mais contundentes da maratona musical no Ibirapuera.

Como boa parte das atrações da noite, sua música possui interseções com pop-rock britânico oitentista, mas o grupo de Campinas também soube enfatizar a faceta pesada de seu som, muito em parte por sua boa base instrumental em "In God We Trust" e outros temas. Foi a atração mais roqueira do festival, com destaque para "Hopeless Days", último número de um curto roteiro de 25 minutos destinados a cada uma das bandas locais.

Depois foi a vez do pop eletrônico do trio paulista Stop Play Moon, formado por Geanine Marques (voz), Paulo Bega (guitarra e sintetizadores) e Ricardo Athayde (sintetizador). Com um repertório de canções de andamento lento, o grupo não manteve o pique da atração anterior e --assim como aconteceria com o Fujiya & Miyagi poucas horas depois-- sua música também funciona melhor na intimidade de clubes pequenos, em razão da delicadeza dos temas apresentados.

Músicas como "Take It All" e "Hey" são do tipo que funciona melhor em um pub enfumaçado do que em uma apresentação durante o dia. Outro destaque do repertório do grupo é "Stranger", tema com o qual fecharam seu show, com a vocalista Geanine Marques tocando guitarra.

O grupo brasiliense Nancy encerrou a programação nacional do Motomix. O sexteto formado por Camila Zamith (voz), Práxis (guitarra), Dreaduardo (bateria), Munha (baixo), Fernando Velloso (guitarra) e Ivan Bicudo (teclado, xilofone e escaleta) entrou em cena pouco depois de 16h30 e tocou músicas como "Mal Star" e "Mamba Negra Fashion Week", entre outros.

Em seu repertório, o grupo mistura rock britânico, toques de brasilidade e passagens barulhentas nos moldes da no wave novaiorquina do início dos anos 80, sem soar como mero pastiche de bandas estrangeiras.

Assim como todas as demais atrações do evento, o Nancy faz uso do inglês como principal idioma no repertório, mas chegou a apresentar temas em português, como "Sambora", dedicada a Bel Marques, vocalista do Chiclete com Banana --segundo seus integrantes uma das maiores influências do Nancy.

Contatos pelo email marcus.marcal@uol.com.br


CLIQUE AQUI PARA VOLTAR AO ÍNDICE DE SEÇÕES

0 Comments:

Post a Comment

Subscribe to Post Comments [Atom]

<< Home



 

 



Sou Marcus Marçal, jornalista de profissão e músico de coração.

Veja bem, se esta é sua primeira visita, afirmo de antemão que, para usufruir dos textos deste blog, é necessário um mínimo de inteligência. Este blog contém reflexões sobre música, material ficcional, devaneios biográficos, desvarios em prosa, egotrips sonoras e até mesmo material de cunho jornalístico.

E, se você não é muito acostumado à leitura, provavelmente pode ter um pouco de dificuldades com a forma caótica com que as informações são despejadas neste espaço.

Gostaria de deixar claro que os referenciais sobre texto e música aqui dispostos são vastos e muitas das vezes antagônicos entre si. Por essa razão, narrativa-linear não é sobrenome deste espaço, entende?

Tendo isto em mente, fica mais fácil dialogarmos sobre nossos interesses em comum dispostos aqui, pois o entendimento de parte dos textos contidos neste blog não deve ser feito ao pé da letra. E se você por acaso tiver conhecimento ou mesmo noção das funções da linguagem então poderá usufruir mais adequadamente do material contido neste site, munido de ferramentas de responsabilidade de ordem exclusiva ao leitor.

Quero dizer que, apesar da minha formação como jornalista, apenas uma parcela pequena dos textos aqui expostos foi e é concebida com este intuito, o que me permite escrever sem maiores preocupações com formatos ou convenções. Geralmente escrevo o que me dá na telha e só depois eventualmente faço alguma revisão mais atenta, daí a razão de por essas e outras eu deixar como subtítulo para este O SOM DA MÚSICA o bordão VERBORRAGIA DE CÓDIGO-FONTE ABERTO COM VALIDADE RESTRITA, e também porque me reservo ao direito de minhas opiniões se transformarem com o passar do tempo.

Portanto, faço um pedido encarecidamente às pessoas dotadas de pensamento obtuso, aos fanáticos de todos os tipos, aos analfabetos funcionais e às aberrações do tipo: por gentileza, não percam seu tempo com minha leitura a fim de lhes poupar atenção dispensada indevidamente.

Aos leitores tradicionais e visitantes ocasionais com flexibilidade de raciocínio, peço minhas sinceras desculpas. Faço esse blá-blá-blá todo apenas para afastar qualquer pessoa com pouca inteligência. Mesmo porque tem tanta gente por aí que domina as normas da língua portuguesa, mas são praticamente analfabetos funcionais...


As seções do blog você encontra ao lado, sempre no post ÍNDICE DE SEÇÕES, e a partir dele fica fácil navegar por este site pessoal intitulado O SOM DA MÚSICA.

Sinta-se livre para expressar quaisquer opiniões a respeito dos textos contidos no blog, uma vez que de nada vale a pena esbravejar opiniões no cyber espaço sem o aval da resposta do interlocutor.

Espero que este seja um território livre para a discussão e expressão de opiniões, ainda que contrárias as minhas, acerca de nossa paixão pela música. Afinal, de nada valeria escutarmos discos, fazermos músicas, lermos textos, irmos a shows e vivermos nossas vidas sem que pudéssemos compartilhar nossas opiniões a respeito disso tudo.

Espero que você seja o tipo de leitor que aprecie a abordagem sobre música contida neste blog.


De qualquer forma, sejam todos bem-vindos! Sintam-se como se estivessem em casa.

Caso queira entrar em contato, meu email é marcus.marcal@yahoo.com.br.
Grande abraço!
Powered by Blogger