CANHOTO DE INGRESSO XVIII: Banda inglesa The Go!Team foi destaque de festival que reuniu 6.000 pessoas em SP
29/06/2008 - 01h16
MARCUS MARÇAL
http://musica.uol.com.br/ultnot/2008/06/29/ult89u9287.jhtm
O show do sexteto britânico The Go!Team foi o destaque da programação do festival Motomix, realizado neste sábado (28) no parque do Ibirapuera em São Paulo. Segundo a organização, 6.000 pessoas compareceram ao evento gratuito.
O The Go!Team foi a quinta das seis atrações musicais a se apresentarem no evento. Entrou no palco pouco antes de 18h20 com a música "The Power Is On" e logo contagiou a platéia paulista com seu pop variado, com bom intercâmbio entre diferentes referências musicais e agitado rodízio de seus integrantes em diferentes instrumentos, com destaque para a performance da vocalista Ninja. Sua energia no palco chamou a atenção até do mestre-de-cerimônias Edgard Piccoli, que chegou a tachá-la como "mais brasileira do que todos os presentes", logo após a apresentação do sexteto.
Em um roteiro de aproximadamente 60 minutos, o grupo apresentou temas como "Fake ID", "Everyone's a V.I.P. to Someone" e "Titanic Vandalism", presentes nos dois álbuns da banda: "Thunder, Lightning, Strike", de 2004, e "Proof of Youth", do ano passado.
A música do grupo costura funk, rap, noise, rock e pop, material entremeado ao caos sonoro propiciado por distorções, ruídos diversos e trocas de afinações de instrumentos nos intervalos entre as canções. Os músicos fecharam o show com "Doing it Right" e "Keys to the City" e saíram do palco aclamados pela platéia paulista --que chegaria a pedir mais som do Go!Team durante a apresentação da atração principal da noite: o quarteto Metric.
Capitaneado pela tecladista e vocalista Emily Haines, o Metric faz pop dançante, com influências de rock britânico oitentista, leve acento soul e guitarras distorcidas.
O show começou às 19h45 com "Dead Disco", seguida de "The List" e "Poster of a Girl". O show de aproximadamente uma hora e quinze minutos destacou a homogeneidade entre os 13 temas apresentados pelo quarteto, com poucas variações na dinâmica do espetáculo. Exceção feita a "Handshakes", destacada por Haines como uma canção sobre arrependimento, e o disfarçado punk rock de "Monster Hospital".
No encerramento da programação musical do Motomix, Haines ainda informou aos presentes sobre o aniversário do baterista Joules Scott-Key antes de o quarteto tocar "Live It Out", último número da noite.
O trio Fujiya & Miyagi também faz pop eletrônico, mas destaca recatadas referências do krautrock em sua música. Formada por David Best (voz e guitarra), Steve Lewis (sintetizador) e Matt Hainsby (baixo), a banda abriu o show com "Ankle Injuries" e mostrou em uma seleção de 12 canções sua sonoridade suave, com bases pré-programadas ao fundo e melodias vocais quase que sussurradas por seus integrantes.
A música ficou mais encorpada a partir de "Sore Thumb", quando o baterista Adams Lee se juntou ao trio, e isso se refletiu na resposta do público, notadamente mais animado. Lee prosseguiu com os demais músicos até o final do show de aproximadamente uma hora, encerrado com "In One Ear and Out the Other" e "Electro Karaoke", com trechos que remetiam aos mantras hipnóticos do início da apresentação do trio.
A sonoridade hipnótica do grupo certamente funciona melhor em pequenos clubes do que uma arena a céu aberto como nessa apresentação.
Novos nomes brasileiros
A programação do Motomix também chamou atenção para novos nomes do cenário nacional alternativo. As bandas Venus Volts (Campinas), Stop Play Moon (São Paulo) e Nancy (Brasília) foram selecionadas dentre os mais de 900 projetos musicais enviados para a organização do Projeto Novos Sons, destinado às novidades locais.
O perfil das bandas escolhidas pela produção destaca a influência da música britânica e norte-americana, o que se evidencia no inglês ser o idioma utilizado prioritariamente pelos três grupos.
Formado por Pellê (vocais e guitarra), Dinho (baixo), Du (bateria) e Trinity (voz), o quarteto Venus Volts ficou encarregado do show de abertura e, pontualmente a partir das 15h, fez um dos shows mais contundentes da maratona musical no Ibirapuera.
Como boa parte das atrações da noite, sua música possui interseções com pop-rock britânico oitentista, mas o grupo de Campinas também soube enfatizar a faceta pesada de seu som, muito em parte por sua boa base instrumental em "In God We Trust" e outros temas. Foi a atração mais roqueira do festival, com destaque para "Hopeless Days", último número de um curto roteiro de 25 minutos destinados a cada uma das bandas locais.
Depois foi a vez do pop eletrônico do trio paulista Stop Play Moon, formado por Geanine Marques (voz), Paulo Bega (guitarra e sintetizadores) e Ricardo Athayde (sintetizador). Com um repertório de canções de andamento lento, o grupo não manteve o pique da atração anterior e --assim como aconteceria com o Fujiya & Miyagi poucas horas depois-- sua música também funciona melhor na intimidade de clubes pequenos, em razão da delicadeza dos temas apresentados.
Músicas como "Take It All" e "Hey" são do tipo que funciona melhor em um pub enfumaçado do que em uma apresentação durante o dia. Outro destaque do repertório do grupo é "Stranger", tema com o qual fecharam seu show, com a vocalista Geanine Marques tocando guitarra.
O grupo brasiliense Nancy encerrou a programação nacional do Motomix. O sexteto formado por Camila Zamith (voz), Práxis (guitarra), Dreaduardo (bateria), Munha (baixo), Fernando Velloso (guitarra) e Ivan Bicudo (teclado, xilofone e escaleta) entrou em cena pouco depois de 16h30 e tocou músicas como "Mal Star" e "Mamba Negra Fashion Week", entre outros.
Em seu repertório, o grupo mistura rock britânico, toques de brasilidade e passagens barulhentas nos moldes da no wave novaiorquina do início dos anos 80, sem soar como mero pastiche de bandas estrangeiras.
Assim como todas as demais atrações do evento, o Nancy faz uso do inglês como principal idioma no repertório, mas chegou a apresentar temas em português, como "Sambora", dedicada a Bel Marques, vocalista do Chiclete com Banana --segundo seus integrantes uma das maiores influências do Nancy.
MARCUS MARÇAL
http://musica.uol.com.br/ultnot/2008/06/29/ult89u9287.jhtm
O show do sexteto britânico The Go!Team foi o destaque da programação do festival Motomix, realizado neste sábado (28) no parque do Ibirapuera em São Paulo. Segundo a organização, 6.000 pessoas compareceram ao evento gratuito.
O The Go!Team foi a quinta das seis atrações musicais a se apresentarem no evento. Entrou no palco pouco antes de 18h20 com a música "The Power Is On" e logo contagiou a platéia paulista com seu pop variado, com bom intercâmbio entre diferentes referências musicais e agitado rodízio de seus integrantes em diferentes instrumentos, com destaque para a performance da vocalista Ninja. Sua energia no palco chamou a atenção até do mestre-de-cerimônias Edgard Piccoli, que chegou a tachá-la como "mais brasileira do que todos os presentes", logo após a apresentação do sexteto.
Em um roteiro de aproximadamente 60 minutos, o grupo apresentou temas como "Fake ID", "Everyone's a V.I.P. to Someone" e "Titanic Vandalism", presentes nos dois álbuns da banda: "Thunder, Lightning, Strike", de 2004, e "Proof of Youth", do ano passado.
A música do grupo costura funk, rap, noise, rock e pop, material entremeado ao caos sonoro propiciado por distorções, ruídos diversos e trocas de afinações de instrumentos nos intervalos entre as canções. Os músicos fecharam o show com "Doing it Right" e "Keys to the City" e saíram do palco aclamados pela platéia paulista --que chegaria a pedir mais som do Go!Team durante a apresentação da atração principal da noite: o quarteto Metric.
Capitaneado pela tecladista e vocalista Emily Haines, o Metric faz pop dançante, com influências de rock britânico oitentista, leve acento soul e guitarras distorcidas.
O show começou às 19h45 com "Dead Disco", seguida de "The List" e "Poster of a Girl". O show de aproximadamente uma hora e quinze minutos destacou a homogeneidade entre os 13 temas apresentados pelo quarteto, com poucas variações na dinâmica do espetáculo. Exceção feita a "Handshakes", destacada por Haines como uma canção sobre arrependimento, e o disfarçado punk rock de "Monster Hospital".
No encerramento da programação musical do Motomix, Haines ainda informou aos presentes sobre o aniversário do baterista Joules Scott-Key antes de o quarteto tocar "Live It Out", último número da noite.
O trio Fujiya & Miyagi também faz pop eletrônico, mas destaca recatadas referências do krautrock em sua música. Formada por David Best (voz e guitarra), Steve Lewis (sintetizador) e Matt Hainsby (baixo), a banda abriu o show com "Ankle Injuries" e mostrou em uma seleção de 12 canções sua sonoridade suave, com bases pré-programadas ao fundo e melodias vocais quase que sussurradas por seus integrantes.
A música ficou mais encorpada a partir de "Sore Thumb", quando o baterista Adams Lee se juntou ao trio, e isso se refletiu na resposta do público, notadamente mais animado. Lee prosseguiu com os demais músicos até o final do show de aproximadamente uma hora, encerrado com "In One Ear and Out the Other" e "Electro Karaoke", com trechos que remetiam aos mantras hipnóticos do início da apresentação do trio.
A sonoridade hipnótica do grupo certamente funciona melhor em pequenos clubes do que uma arena a céu aberto como nessa apresentação.
Novos nomes brasileiros
A programação do Motomix também chamou atenção para novos nomes do cenário nacional alternativo. As bandas Venus Volts (Campinas), Stop Play Moon (São Paulo) e Nancy (Brasília) foram selecionadas dentre os mais de 900 projetos musicais enviados para a organização do Projeto Novos Sons, destinado às novidades locais.
O perfil das bandas escolhidas pela produção destaca a influência da música britânica e norte-americana, o que se evidencia no inglês ser o idioma utilizado prioritariamente pelos três grupos.
Formado por Pellê (vocais e guitarra), Dinho (baixo), Du (bateria) e Trinity (voz), o quarteto Venus Volts ficou encarregado do show de abertura e, pontualmente a partir das 15h, fez um dos shows mais contundentes da maratona musical no Ibirapuera.
Como boa parte das atrações da noite, sua música possui interseções com pop-rock britânico oitentista, mas o grupo de Campinas também soube enfatizar a faceta pesada de seu som, muito em parte por sua boa base instrumental em "In God We Trust" e outros temas. Foi a atração mais roqueira do festival, com destaque para "Hopeless Days", último número de um curto roteiro de 25 minutos destinados a cada uma das bandas locais.
Depois foi a vez do pop eletrônico do trio paulista Stop Play Moon, formado por Geanine Marques (voz), Paulo Bega (guitarra e sintetizadores) e Ricardo Athayde (sintetizador). Com um repertório de canções de andamento lento, o grupo não manteve o pique da atração anterior e --assim como aconteceria com o Fujiya & Miyagi poucas horas depois-- sua música também funciona melhor na intimidade de clubes pequenos, em razão da delicadeza dos temas apresentados.
Músicas como "Take It All" e "Hey" são do tipo que funciona melhor em um pub enfumaçado do que em uma apresentação durante o dia. Outro destaque do repertório do grupo é "Stranger", tema com o qual fecharam seu show, com a vocalista Geanine Marques tocando guitarra.
O grupo brasiliense Nancy encerrou a programação nacional do Motomix. O sexteto formado por Camila Zamith (voz), Práxis (guitarra), Dreaduardo (bateria), Munha (baixo), Fernando Velloso (guitarra) e Ivan Bicudo (teclado, xilofone e escaleta) entrou em cena pouco depois de 16h30 e tocou músicas como "Mal Star" e "Mamba Negra Fashion Week", entre outros.
Em seu repertório, o grupo mistura rock britânico, toques de brasilidade e passagens barulhentas nos moldes da no wave novaiorquina do início dos anos 80, sem soar como mero pastiche de bandas estrangeiras.
Assim como todas as demais atrações do evento, o Nancy faz uso do inglês como principal idioma no repertório, mas chegou a apresentar temas em português, como "Sambora", dedicada a Bel Marques, vocalista do Chiclete com Banana --segundo seus integrantes uma das maiores influências do Nancy.
Contatos pelo email marcus.marcal@uol.com.br
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