O SOM DA MÚSICA: CANHOTO DE INGRESSO XII: Joss Stone rejuvenesce a linguagem do r&b em show lotado para 6.000 pessoas em SP

Friday, October 24, 2008

CANHOTO DE INGRESSO XII: Joss Stone rejuvenesce a linguagem do r&b em show lotado para 6.000 pessoas em SP

17/06/2008 - 06h44
MARCUS MARÇAL
http://musica.uol.com.br/ultnot/2008/06/17/ult89u9212.jhtm

A cantora britânica Joss Stone fez show lotado para aproximadamente 6.000 pessoas em São Paulo, segundo a organização do evento realizado nessa segunda-feira (16) no Via Funchal. A apresentação foi a terceira etapa de sua primeira turnê brasileira, que antes passou pela capital paulista no último sábado (14) e Rio de Janeiro no domingo (15).

Acompanhado por um trio, o cantor e violonista Jair Oliveira fez o show de abertura e, no roteiro de aproximadamente 45 minutos, apresentou material autoral, marcado pelo balanço pop de seu samba-rock. Filho do cantor Jair Rodrigues, o músico deixa bem claro que é herdeiro legítimo do samba-funk e da pilantragem --estilo musical swingado tipicamente brasileiro, que se popularizou no final dos anos 60-- e de outras levadas mestiças de MPB. Oliveira também contou com participação de sua irmã Luciana Mello e fez releituras para "Deixa Isso pra Lá" (Alberto Paz e Edson Menezes), "São Gonça" (Seu Jorge) e "Olhos Coloridos" (Macau), hino da negritude pop brasileira, entre outros temas.

Acompanhada de uma banda de dez componentes, Joss Stone entrou no palco às 22h50 com um vestido prateado e apresentou roteiro baseado em seu mais recente álbum de inéditas, "Introducing Joss Stone" (2007), o que se evidenciou logo nas três primeiras músicas do show: "Girl They Won't Believe It", "Headturner" e "Tell Me What We're Gonna Do Now".

A cantora cumprimentou a platéia paulista e depois apresentou "Super Duper Love (Are You Diggin on Me?)", um de seus maiores sucessos, com grande participação do público. A partir daí, o repertório alternou material mais antigo com canções recentes, como "Jet Lag", "Arms of My Baby", "The Chokin' Kind", "Music", "Fell in Love With a Boy" (hit do duo White Stripes relido com identidade) e "Put Your Hands on Me".

Embora seja uma jovem de apenas 21 anos de idade, sem a bagagem de cantoras veteranas do soul e do r&b como Aretha Franklin ou Diana Ross, por exemplo, a cantora britânica se sai muito bem na missão de revigorar a linguagem da black music, junto a contemporâneas como a norte-americana Norah Jones e a inglesa Amy Winehouse. Pois, ao contrário de boa parte das grandes estrelas do r&b mainstream, como Mariah Carey e Whitney Houston, Joss sabe dosar dramaticidade sem sucumbir à caricatura ou tampouco apelação.

Assim Stone mostra potencial para uma trajetória promissora, pautada pela interseção entre a tradição da black music e a linguagem pop, pois transita devidamente entre ambiências musicais distintas: seja o embalo gostoso de uma canção dançante ou mesmo baladas emocionadas de um repertório bem equilibrado, como atestam temas como "Baby Baby Baby" e a trinca de canções de "Mind, Body & Soul" (2004): "Don't Cha Wanna Ride", "Less is More", "You Had Me", essa última outro momento com notável participação da platéia e boa demonstração de entrosamento entre seus músicos, que chegaram a improvisar curtos trechos da clássica "Superstition", de Stevie Wonder.

Joss Stone e sua banda saíram do palco pouco depois de meia-noite e, após uma rápida pausa, apresentaram "Tell Me 'Bout It", seguida de "Right to Be Wrong", um dos números mais esperados pela platéia paulista. Na seqüência, longos improvisos sobre a harmonia de "No Woman, No Cry" (Bob Marley) fecharam o roteiro de aproximadamente uma hora e quarenta minutos de espetáculo pouco depois de 0h30.

A cantora se despediu da platéia paulista e distribuiu flores ao público mais próximo ao palco, esbanjando simpatia. Sua primeira turnê pelo Brasil ainda tem escalas em Curitiba (18) e Porto Alegre (19).

Contatos pelo email marcus.marcal@uol.com.br


CLIQUE AQUI PARA VOLTAR AO ÍNDICE DE SEÇÕES

0 Comments:

Post a Comment

Subscribe to Post Comments [Atom]

<< Home



 

 



Sou Marcus Marçal, jornalista de profissão e músico de coração.

Veja bem, se esta é sua primeira visita, afirmo de antemão que, para usufruir dos textos deste blog, é necessário um mínimo de inteligência. Este blog contém reflexões sobre música, material ficcional, devaneios biográficos, desvarios em prosa, egotrips sonoras e até mesmo material de cunho jornalístico.

E, se você não é muito acostumado à leitura, provavelmente pode ter um pouco de dificuldades com a forma caótica com que as informações são despejadas neste espaço.

Gostaria de deixar claro que os referenciais sobre texto e música aqui dispostos são vastos e muitas das vezes antagônicos entre si. Por essa razão, narrativa-linear não é sobrenome deste espaço, entende?

Tendo isto em mente, fica mais fácil dialogarmos sobre nossos interesses em comum dispostos aqui, pois o entendimento de parte dos textos contidos neste blog não deve ser feito ao pé da letra. E se você por acaso tiver conhecimento ou mesmo noção das funções da linguagem então poderá usufruir mais adequadamente do material contido neste site, munido de ferramentas de responsabilidade de ordem exclusiva ao leitor.

Quero dizer que, apesar da minha formação como jornalista, apenas uma parcela pequena dos textos aqui expostos foi e é concebida com este intuito, o que me permite escrever sem maiores preocupações com formatos ou convenções. Geralmente escrevo o que me dá na telha e só depois eventualmente faço alguma revisão mais atenta, daí a razão de por essas e outras eu deixar como subtítulo para este O SOM DA MÚSICA o bordão VERBORRAGIA DE CÓDIGO-FONTE ABERTO COM VALIDADE RESTRITA, e também porque me reservo ao direito de minhas opiniões se transformarem com o passar do tempo.

Portanto, faço um pedido encarecidamente às pessoas dotadas de pensamento obtuso, aos fanáticos de todos os tipos, aos analfabetos funcionais e às aberrações do tipo: por gentileza, não percam seu tempo com minha leitura a fim de lhes poupar atenção dispensada indevidamente.

Aos leitores tradicionais e visitantes ocasionais com flexibilidade de raciocínio, peço minhas sinceras desculpas. Faço esse blá-blá-blá todo apenas para afastar qualquer pessoa com pouca inteligência. Mesmo porque tem tanta gente por aí que domina as normas da língua portuguesa, mas são praticamente analfabetos funcionais...


As seções do blog você encontra ao lado, sempre no post ÍNDICE DE SEÇÕES, e a partir dele fica fácil navegar por este site pessoal intitulado O SOM DA MÚSICA.

Sinta-se livre para expressar quaisquer opiniões a respeito dos textos contidos no blog, uma vez que de nada vale a pena esbravejar opiniões no cyber espaço sem o aval da resposta do interlocutor.

Espero que este seja um território livre para a discussão e expressão de opiniões, ainda que contrárias as minhas, acerca de nossa paixão pela música. Afinal, de nada valeria escutarmos discos, fazermos músicas, lermos textos, irmos a shows e vivermos nossas vidas sem que pudéssemos compartilhar nossas opiniões a respeito disso tudo.

Espero que você seja o tipo de leitor que aprecie a abordagem sobre música contida neste blog.


De qualquer forma, sejam todos bem-vindos! Sintam-se como se estivessem em casa.

Caso queira entrar em contato, meu email é marcus.marcal@yahoo.com.br.
Grande abraço!
Powered by Blogger