O SOM DA MÚSICA: CANÇÕES PARA APRENDER E CANTAR I

Monday, December 17, 2007

CANÇÕES PARA APRENDER E CANTAR I

Herbert Vianna foi um dos primeiros nomes do pop-rock brasileiro a estourar no mercado nacional. Líder dos Paralamas do Sucesso, desde o início de sua bem-sucedida jornada ajudou a alavancar a carreira de vários artistas hoje consagrados. A lista é longa: Legião Urbana, Plebe Rude, Fernanda Abreu, Pedro Luís e a Parede... e por aí vai. A quantidade é quase proporcional ao número de convidados ilustres que participam de seu terceiro álbum solo, o heterogêneo O Som do Sim.

Aproveitando a iminência do lançamento do CD, Herbert falou sobre suas predileções musicais, em meio a uma infinidade de assuntos abordados em uma longa entrevista retrospectiva que utilizei em algumas matérias na época, mas nunca publiquei em lugar algum em sua forma integral. Com um rol de preferências tão eclético quanto é sua verve musical, a exposição de suas canções preferidas prova não ser à toa a fusão das mais variadas tendências que os Paralamas promovem em seu caldeirão sonoro. A lista vai desde MPB tradicional até rock anglo-saxão, dos quais é profundo conhecedor. Ao final, eu sempre pedia aos entrevistados que destacassem material próprio do qual tivesse predileção.

N.R.: A entrevista foi feita nos camarins do Canecão, após a passagem de som para uma das escalas cariocas da turnê acústica dos Paralamas, e pretendo publicá-la em sua forma integral em breve aqui neste blog, pois Herbert falou com riqueza de detalhes de sua trajetória discográfica desde os primórdios em Brasília, até a empreitada acústica de sua banda. Enquanto não posto o ENTREVISTÃO por aqui, essa seleção de músicas legendárias vale como aperitivo:

01. “Wichita Lineman”, Ray Charles:
“É uma composição de Jimmy Web, um compositor contemporâneo do Burt Bacarach. Essa música foi gravada pelo Ray Charles de uma forma sensacional, mas ela tem várias releituras. É uma música que eu amo tanto, ao ponto de já ter feito várias versões em casa”.

02. “Tempted”, Squeeze:
“Squeeze é uma banda inglesa e esta é outra canção que já fiz um milhão de versões. Amo, amo essa música”.

03. “Days”, Television:
“Ela é do álbum Adventure e sou muito fã do Tom Verlaine. Já o vi tocando uma vez e sou louco por ele”.

04. “Cause we've ended as Lovers”, Jeff Beck:
“É uma música do Stevie Wonder e o Jeff Beck é, na minha opinião, o maior guitarrista que já andou no planeta. Para mim, como guitarrista, nem o Jimi Hendrix é páreo para ele. O Hendrix vale mais como personagem, como compositor, experimentador... Mas como guitarrista – levando em conta quesitos como técnica, melodia, feeling e invenção – Jeff Beck é o cara”.

05. “Driven to Tears”, The Police:
“Naquele momento, a revelação daquela coisa esparsa do trio,, aquele solo de guitarra completamente anti-heróico, o groove da combinação dos três, a letra... É uma música que já tocamos muito nos ensaios dos Paralamas”.

06. “Clube da Esquina”, Milton Nascimento:
“Me refiro à versão instrumental, pois depois essa música ganhou uma letra: 'Porque se chamavam homens / Também se chamavam sonhos / E os sonhos não envelhecem / Diz que não mais de um milhão / Quero ver então...' Também amo essa canção”.

07. “Girassol da Cor do seu Cabelo”, Lô Borges:
“Outra do Clube da Esquina”.

08. “Shipbuilding”, Elvis Costello:
“Nem me lembro de qual disco é. 'Shipbuilding' é uma música sobre a Inglaterra construindo navios e aquilo gerando empregos para a galera que estava desempregada. Até que o cara descobre que está construindo navios para a Guerra das Malvinas.
Eu adoro Elvis Costello”.

09. “Running on the Spot”, The Jam:
“É de um disco maravilhoso chamado The Gift. Adoro Paul Weller e até gravamos uma versão para essa música”.

10. “Rain Song”, Led Zeppelin:
“Poderia colocar várias músicas do Led Zeppelin nessa lista, mas essa é lindíssima”.

11. “Ten Years Gone”, Led Zeppelin:
“Lembrei de outra do Led Zeppelin. Essa aqui é do álbum Presence”.

12. “Honky Tonk Women”, The Rolling Stones:
“Não era fã dos Stones quando os vi pela primeira vez ao vivo, a onda ainda não me infeccionava. Mas aí caí duro e saí de lá convertido. Foi em 1989, no Shea Stadium, em Nova Iorque. Estávamos na sétima fila e o Living Colour fez a abertura. Era tão perto do palco que dava até para ver a cor dos olhos deles. Durante o show do Living Colour, chegou o helicóptero com a boca pintada no nariz e o pessoal foi à loucura. Depois abriram as cortinas, houve uma explosão e eles começaram com o primeiro acorde de 'Start me up', com o Keith Richards saltando. Não tenho palavras (rindo)”.

13. “For No One”, The Beatles:
“Amo essa canção, o arranjo é lindo. Eu sou muito fã do George Martin”.

14. “Ano Novo Lunar”, Lulu Santos:
“Ele é uma referência importantíssima para mim. Mas no começo eu era tão obcecado que ele até um dia me falou. 'Você tem que parar de falar de mim, senão vai começar a pegar mal. As pessoas vão enjoar'. Era assim: 'Cantor bom: Lulu Santos' Guitarrista? Lulu Santos. Show? Lulu Santos. Tudo'! Preferi escolher uma música obscura, acho que é de um dos três primeiros discos dele”.

15. “Lanterna dos Afogados”, Os Paralamas do Sucesso:
“Acho que temos várias músicas que são boas, marcantes, e que são importantes para mim. Eu adoro e todo mundo pede que toquemos nos shows”.

16. “Vamos Viver”, Sandra de Sá:
“Gosto dos meus dois discos solo, mas também de coisas que eu fiz para outras pessoas. Várias mulheres já gravaram músicas minhas e queria fazer uma relação delas para gravá-las neste álbum solo”.

Texto de Marcus Marçal publicado em outubro de 2000. Não é permitida a reprodução deste texto de forma alguma sem permissão prévia, seja em sua forma integral ou parcial. Por favor, contate-me antes via email.

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