NOSSA BANDA PODE SER NOSSA VIDA XV
MASQUERADE
Eu e o Arthur estamos regularmente refazendo um dos temas mais recentes das Andaluz Aurora Demos. Na verdade, em nenhuma das versões até hoje registradas, eu cheguei a incluir o texto inteiro que concebi para a canção. É uma música que tem um perfil bem mais solto, ainda por se tratar de uma música que pintou de improviso. Nunca chegamos a dizer: “serão tantas passagens com esta base, depois faremos isto ou aquilo”! Simplesmente começávamos a tocar a música e saímos esquiando a avalanche à toda velocidade, uma prática daquele esporte radical que é o improviso musical que já citei por aqui...
Na ocasião de nossa sessão de estúdio em 2006, a intenção era a de dar a formata definitiva para a canção. Gravamos uma base em que caberia toda a métrica do texto que fiz para a música, mas esta foi uma das músicas cujos canais de guitarra ficaram danificados – sem que o técnico do estúdio nos atentasse a este fato. O foda é que se tratava de um improviso e o canal que se ouve de guitarra nesta gravação especificamente só existe porque quase não cantei a música e a ambiência do som da guitarra fora captada pelo microfone da voz. Isso me deixou muito puto porque, mesmo que eu refizesse todo o instrumental de guitarra novamente, muito da espontaneidade oriunda de nossa percepção coletiva concretizada naquele improviso se perderia.
Por isso mesmo, achei que seria interessante refazermos a música. Nas ocasiões em que a tocamos depois desta sessão de gravação em 2006, ficou bem claro que a coisa fluía solta e nem sempre funcionava bem quando eu ia colocar o texto na música, o deixa bem claro o “samba do afrobrasileiro insano” com sotaque roqueiro de nossos improvisos. Imagine você tendo em mente certa passagem em determinado formato e na hora H o instrumental se mostrar muito rebelde e literalmente cagar pra você ali tentando se adaptar como pode...
E é um dos temas que mostra melhor a nossa contribuição coletiva para o som do grupo. Por essa razão, merece o devido cuidado para apresentarmos a música da melhor forma possível. Já gostamos da música por si só e já acho o texto bem interessante, então só faltava mesmo apararmos as arestas e fazer as devidas adaptações. E isto, eu e Arthur estamos fazendo regularmente, o que tem sido legal, pois a música está nos levando por um caminho diferente.
O lance em geral tá parecendo um Led Zeppelin carregado de pitadas góticas e com uma pitada de metal setentista na cobertura. Particularmente tenho me animado bastante com os rumos que esta música em especial está dando para nosso som futuro. Ela aponta um ponto para o tipo de sonoridade que provavelmente vai despontar de nosso material mais novo, que ando louco pra colocar em prática, mas ainda temos algumas pendências criativas quanto a alguns temas antigos que ainda são prioridade. Sei lá, depois eu reviso este texto e eu falo mais disso...
Texto open-source de Marcus Marçal. Não é permitida a reprodução destes textos de forma alguma sem permissão prévia, seja em sua forma integral ou parcial. Por favor, contate-me antes via email.
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Eu e o Arthur estamos regularmente refazendo um dos temas mais recentes das Andaluz Aurora Demos. Na verdade, em nenhuma das versões até hoje registradas, eu cheguei a incluir o texto inteiro que concebi para a canção. É uma música que tem um perfil bem mais solto, ainda por se tratar de uma música que pintou de improviso. Nunca chegamos a dizer: “serão tantas passagens com esta base, depois faremos isto ou aquilo”! Simplesmente começávamos a tocar a música e saímos esquiando a avalanche à toda velocidade, uma prática daquele esporte radical que é o improviso musical que já citei por aqui...
Na ocasião de nossa sessão de estúdio em 2006, a intenção era a de dar a formata definitiva para a canção. Gravamos uma base em que caberia toda a métrica do texto que fiz para a música, mas esta foi uma das músicas cujos canais de guitarra ficaram danificados – sem que o técnico do estúdio nos atentasse a este fato. O foda é que se tratava de um improviso e o canal que se ouve de guitarra nesta gravação especificamente só existe porque quase não cantei a música e a ambiência do som da guitarra fora captada pelo microfone da voz. Isso me deixou muito puto porque, mesmo que eu refizesse todo o instrumental de guitarra novamente, muito da espontaneidade oriunda de nossa percepção coletiva concretizada naquele improviso se perderia.
Por isso mesmo, achei que seria interessante refazermos a música. Nas ocasiões em que a tocamos depois desta sessão de gravação em 2006, ficou bem claro que a coisa fluía solta e nem sempre funcionava bem quando eu ia colocar o texto na música, o deixa bem claro o “samba do afrobrasileiro insano” com sotaque roqueiro de nossos improvisos. Imagine você tendo em mente certa passagem em determinado formato e na hora H o instrumental se mostrar muito rebelde e literalmente cagar pra você ali tentando se adaptar como pode...
E é um dos temas que mostra melhor a nossa contribuição coletiva para o som do grupo. Por essa razão, merece o devido cuidado para apresentarmos a música da melhor forma possível. Já gostamos da música por si só e já acho o texto bem interessante, então só faltava mesmo apararmos as arestas e fazer as devidas adaptações. E isto, eu e Arthur estamos fazendo regularmente, o que tem sido legal, pois a música está nos levando por um caminho diferente.
O lance em geral tá parecendo um Led Zeppelin carregado de pitadas góticas e com uma pitada de metal setentista na cobertura. Particularmente tenho me animado bastante com os rumos que esta música em especial está dando para nosso som futuro. Ela aponta um ponto para o tipo de sonoridade que provavelmente vai despontar de nosso material mais novo, que ando louco pra colocar em prática, mas ainda temos algumas pendências criativas quanto a alguns temas antigos que ainda são prioridade. Sei lá, depois eu reviso este texto e eu falo mais disso...
Texto open-source de Marcus Marçal. Não é permitida a reprodução destes textos de forma alguma sem permissão prévia, seja em sua forma integral ou parcial. Por favor, contate-me antes via email.
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