AFORISMOS BOTEQUINENSES - EDIÇÃO EXTRAORDINÁRIA

Estou lendo o livro Rimbaud e Jim Morrison de Wallace Fowley. Este é um especialista na obra do poeta francês e traça analogias gostosas de se ler em seu ensaio. O tom de sua prosa é leve, sem deixar de ser professoral, e acaba sendo bastante instrutivo para quem já tenha se aventurado, ou mesmo queira se aventurar, nas obras dos dois autores. A Roberta começou a ler o livro logo que foi lançado, mais ou menos na mesma época em que encontrei algumas biografias gringas do líder do Doors que ainda não havia lido. Na época não estava nem um pouco pilhado a reler textos sobre o trabalho de JM, mas me interessei bastante nesta leitura. E ela ficou de me deixar ler o livro assim que terminasse sua leitura. Nesse meio-tempo, acabei relendo o livro sobre JM que inaugura a fantástica coleção de rock de uma certa editora européia e depois acabei relendo os livros do Rimbaud, conforme eu mesmo já comentei em post neste blog. Daí ela achou ontem o livro e então caiu como uma luva em minhas mãos este texto de Fowley sobre os dois poetas, nada nada ortodoxos em sua forma de se expressar textualmente. Comecei a ler o livro ontem no início da madrugada e estou devorando as páginas, sobre as quais pretendo escrever futuramente aqui neste blog. Um dado interessante é que as traduções de Fowley para os textos de Rimbaud foram livro de cabeceira para um jovem Morrison, que chegou a lhe escrever certa vez, destacando inclusive o belo retrato do poeta francês feito por ninguém menos que Pablo Picasso, rabiscos de apenas dois minutos que transbordam sua genialidade. O tom do autor é bastante testemunhal, o que faz do livro uma espécie de passaporte para um universo que bons livros podem propiciar a um leitor interessado. Depois comento mais.

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